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A perspectiva de liberação de saques das contas ativas e inativas do FGTS a partir de agosto é avaliada positivamente pela direção da ACMC (Associação Comercial de Mogi das Cruzes). A exemplo do que já aconteceu em 2017, quando os saques foram limitados as contas inativas, a expectativa é de que a medida injete um fôlego no comércio, pois com mais dinheiro em circulação o consumo tende a aquecer.
“A economia está parada e com os altos índices de desemprego o consumo está baixo, tanto que a previsão para esse ano é de um crescimento de pouco mais de 1%, bem inferior aos 2,3% registrados em 2018″, analisa o presidente da ACMC, Marco Zatsuga, completando em seguida: “A entrada em circulação de um recurso que não era esperado deverá dar uma sacudida nos negócios”.
Zatsuga pondera, no entanto, que a liberação do FGTS é uma medida pontual e com reflexo a curto prazo. Para uma retomada mais sólida do consumo, o presidente aponta a necessidade de aprovação da Reforma da Previdência e outros ajustes, como redução dos juros e melhoria do crédito.
O dirigente chama a atenção para o teto máximo a ser liberado nos saques, que é de R$ 500. Ele ressalta que esse é o valor médio da dívida dos consumidores que estão inscritos no SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), já que cerca de 70% das pessoas que possuem restrição ao crédito em Mogi das Cruzes possui dívida de até R$ 500.
“Muitas pessoas devem aproveitar esse dinheiro do FGTS para saldar dívidas e recuperar a condição de comprar a prazo, saindo da inadimplência”, diz Zatsuga.
Atualmente, cerca de 15 mil pessoas estão inadimplentes na cidade.