A Coca-Cola FEMSA Brasil, fabricante do Sistema Coca-Cola, em parceria com a Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), avança em seu projeto de Neutralidade Hídrica. A iniciativa, que visa compensar o consumo de água de duas de suas unidades fabris localizadas em Mogi das Cruzes e Bauru, tem como principal estratégia a preservação de áreas essenciais para a recarga hídrica, incluindo remanescentes da Mata Atlântica e do Cerrado.
Até o momento, 1.200 hectares já foram adotados, distribuídos entre 10 propriedades em Mogi das Cruzes, somando 488 hectares, e outras quatro propriedades na região de Botucatu, que abrangem 712 hectares. Esses números superam a meta inicial de 1.100 hectares.
De acordo com estimativas, a compensação hídrica alcançará aproximadamente 452 milhões de litros de água por ano, tornando neutro o impacto dos processos produtivos das unidades da Coca-Cola FEMSA Brasil em Mogi das Cruzes e Bauru.
“A sustentabilidade hídrica é um pilar fundamental da nossa agenda ESG. Com esse projeto conseguimos contribuir com a saúde e a qualidade das bacias hidrográficas de regiões onde atuamos, garantindo mais segurança hídrica nas localidades. Superamos as primeiras metas de adoção de áreas e já estamos prospectando novas propriedades para aumentar ainda mais o impacto da iniciativa”, afirma Fabiana Meira, vice-presidente Jurídica e de Assuntos Corporativos da Coca-Cola FEMSA Brasil.
A ação integra a estratégia da companhia para fortalecer a conservação da biodiversidade e otimizar a segurança hídrica. Segundo a empresa, dentro de suas operações, a planta de Mogi das Cruzes conseguiu reduzir em 45% o desperdício de água nos últimos 15 anos, diminuindo a captação de aproximadamente 2,17 litros por litro de bebida produzida para 1,18 litro. A eficiência na gestão hídrica garantiu à fábrica a certificação internacional da Alliance for Water Stewardship (AWS), no nível Core da certificação.
O projeto, iniciado em 2022, estabelece um acordo de cinco anos com proprietários das áreas adotadas. Nesse período, eles recebem incentivo financeiro por meio do Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) e suporte técnico para conservação. A medida protege a biodiversidade local e assegura a manutenção dos serviços ecossistêmicos, como a reposição de água nos mananciais.
As áreas preservadas incluem a cuesta Paulista, essencial para a recarga do aquífero Guarani, e regiões de Mogi das Cruzes, fundamentais para o Rio Tietê e a formação de lençóis freáticos e aquíferos do estado de São Paulo.
Segundo Nicholas Kaminski, coordenador da iniciativa na SPVS, o sucesso do projeto depende da colaboração com os proprietários das terras. “No desenvolvimento do projeto, o acesso aos proprietários dessas áreas naturais conta com parceiros para a mobilização. Ao longo das aproximações e contatos, é necessário um bom relacionamento com todas as pessoas envolvidas. Adicionalmente, o apoio técnico da SPVS, por meio do projeto, fornece ferramentas para que os proprietários tenham boas condições de gerir as suas áreas naturais, melhorando a qualidade ambiental e garantindo a sua conservação”, explica.