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Prefeituras do Alto Tietê negam ter aplicado doses de vacina vencidas

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Prefeituras municipais da região do Alto Tietê começaram a se posicionar a respeito da informação de que doses da vacina Astrazeneca, contra a Covid-19, foram aplicadas fora do prazo de validade, conforme matéria veiculada pelo jornal Folha de S. Paulo nesta sexta-feira (2).


Um cruzamento de dados divulgado pelo jornal indica que, até o dia 19 de junho, os imunizantes com o prazo de validade expirado haviam sido utilizados em 1.532 municípios brasileiros, entre eles, Mogi das Cruzes, Suzano, Itaquaquecetuba, Poá e Arujá.

As Prefeituras da região negam que doses vencidas tenham sido aplicadas na população.


Em nota, a Prefeitura de Suzano afirmou que não houve aplicação de vacina vencida. “Dos lotes do imunizante AstraZeneca/Oxford mencionados na reportagem da Folha de S. Paulo, o município recebeu doses de apenas um deles: 4120Z005. E todas foram aplicadas no polo do Parque Max Feffer/Arena Suzano no dia 5 de fevereiro, antes da data de vencimento, que era 14 de abril. Na oportunidade, foram vacinados trabalhadores da Saúde. É importante destacar que a Vigilância Epidemiológica de Suzano realiza todos os procedimentos necessários em relação ao armazenamento, ao transporte, ao manuseio e à aplicação dos imunizantes nos públicos atendidos, especialmente a checagem do prazo de validade. Isso garante o controle de qualidade e que todas as doses ministradas estejam de fato em perfeitas condições de uso, anulando qualquer possibilidade de risco à população. Por fim, a Prefeitura de Suzano reforça que segue com o sistema de recebimento e aplicação das vacinas tão logo seja possível. Este trabalho busca dar fluidez e agilidade na imunização, uma vez que quanto mais pessoas vacinadas, menor o número de casos confirmados de contaminação pelo novo coronavírus (Covid-19)”, informou a Prefeitura.

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A Prefeitura de Mogi das Cruzes, por sua vez, afirmou que não houve distribuição de lote vencido na cidade ou aplicação de doses vencidas no município. “Dos casos já apurados pela Vigilância Epidemiológica, a falha detectada foi de sistema (dados represados no Vacivida, que podem causar diferença entre a data aplicada e a data registrada). É importante ressaltar que o sistema Vacivida, do Governo Estadual, teve diversas inconsistências no início da vacinação e também apresentava problemas de comunicação com o Ministério da Saúde, o que gerava atrasos na informação. Mesmo assim, a Secretaria de Saúde já esta fazendo um levantamento nominal dos 33 moradores de Mogi que constam nesta lista – eles serão convocados pela Vigilância Epidemiológica do município para esclarecimento, transparência e segurança do paciente quanto à dose aplicada e para que o mesmo possa entender melhor o que aconteceu e não se sentir inseguro com relação à sua imunização. Desta relação de 33 doses, 23 delas foram aplicadas em dois hospitais da cidade (um estadual e um particular) em profissionais da Saúde. Os dois estabelecimentos de Saúde já foram notificados. A pasta reitera que todos os procedimentos de imunização no município seguem rigorosas normas técnicas, inclusive a conferência da data de validade do imunizante antes da aplicação”, disse a Prefeitura.

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Em nota, a Prefeitura de Itaquaquecetuba afirmou que “a segunda remessa de vacinas que Itaquaquecetuba recebeu (lote número 4120Z005), no dia 26 de janeiro, continha 600 doses da AstraZeneca com validade para 14 de abril. Parte dessas doses foram aplicadas em profissionais da Saúde no Centro de Especialidades de Itaquaquecetuba (CEI), todas dentro do prazo, e a outra parte foi encaminhada para que o próprio Hospital Santa Marcelina aplicasse em seus profissionais da Saúde, o que também ocorreu dentro do prazo. Toda a equipe de aplicação passa por treinamento para verificar, dentre outras coisas, a data de validade e temperatura de conservação das vacinas antes do uso. Caso estejam com o prazo de validade expirado, devem ser descartadas. Se alguma vacina for administrada fora da validade, o Centro de Vigilância Epidemiológica do governo estadual orienta que a revacinação seja considerada”.

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As Prefeituras de Arujá e Poá ainda não se pronunciaram oficialmente a respeito da suposta aplicação de doses de vacina vencidas.

Levantamento

Confira abaixo os locais em que as supostas doses vencidas foram aplicadas e seus respectivos lotes, segundo a matéria da Folha de S. Paulo:

CidadeEstabelecimentoTotal de doses vencidasLotes
Mogi das CruzesHOSPITAL DAS CLINICAS LUZIA DE PINHO MELO MOGI DAS CRUZES164120Z005 (14.abr)
Mogi das CruzesHOSPITAL E MATERNIDADE IPIRANGA74120Z005 (14.abr)
Mogi das CruzesUBS JUNDIAPEBA5CTMAV501 (30.abr)
Mogi das CruzesPRO HIPER3CTMAV501 (30.abr)
Mogi das CruzesUBS MINERACAO14120Z001 (29.mar)
Mogi das CruzesSECRETARIA DE SAUDE DE MOGI DAS CRUZES14120Z005 (14.abr)
SuzanoUBS JARDIM MONTE CRISTO44120Z005 (14.abr), CTMAV520 (31.mai) e 4120Z025 (4.jun)
ItaquaquecetubaCENTRO DE ESPECIALIDADES DE ITAQUAQUECETUBA24120Z005 (14.abr) e CTMAV501 (30.abr)
ItaquaquecetubaVIGILANCIA EPIDEMIOLOGICA DE ITAQUAQUECETUBA24120Z005 (14.abr)
PoáHOSPITAL MUNICIPAL DR GUIDO GUIDA54120Z001 (29.mar) e 4120Z005 (14.abr)
ArujáUSF BARRETO ARUJA64120Z001 (29.mar) e 4120Z005 (14.abr)

O levantamento da Folha foi realizado a partir do cruzamento de dois banco de dados: o DataSUS (sistema de informações do Ministério da Saúde), que identifica todas as pessoas imunizadas com um código individual, acompanhado de informações sobre idade, grupo prioritário de vacinação, data da imunização e lote da vacina recebida; e o Sage (Sala de Apoio à Gestão Estratégica), que registra os comprovantes de entrega dos imunizantes contra Covid-19 por estado.

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