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A Prefeitura de Mogi das Cruzes informou, em nota divulgada à imprensa nesta segunda-feira (16), que o CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe) determinou a devolução de R$ 558.081,00 utilizados indevidamente, em 2024, pela gestão anterior, do ex-prefeito Caio Cunha.
De acordo com a administração municipal, os recursos, originalmente destinados à implantação de um sistema de conectividade para o Polo de Tecnologia, foram aplicados na compra de mobiliário para o Pipa Hub, em desacordo com o contrato de empréstimo firmado.
A atual gestão informou, ainda, que efetuou o pagamento dos valores no último dia 21 de maio, com o objetivo de tornar o contrato novamente adimplente e evitar prejuízos maiores à municipalidade.
“Os recursos foram aplicados fora do escopo previsto e, agora, o município precisou retirar mais de meio milhão de reais dos cofres públicos para arcar com o ressarcimento. Além do desgaste institucional, isso impõe um ônus desnecessário às finanças da Prefeitura”, afirmou o Comitê Gestor de Crise Financeira criado pela atual administração em janeiro deste ano.
Outro lado
O ex-prefeito de Mogi das Cruzes, Caio Cunha, utilizou as redes sociais para se defender da acusação. “Não houve nenhuma compra indevida, o dinheiro não precisava ser devolvido e também não teve qualquer prejuízo para o município. O financiamento tinha uma reserva de 500 mil dólares para conectividade, que é um componente do programa Cidades Inteligentes. Nós iniciamos a implementação junto com o Pipa Hub, mas a atual gestão descontruiu esse programa. Se não quisesse devolver o dinheiro, simplesmente bastava dar continuidade nisso”, disse ele.
