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ALTO TIETÊ

Prefeitos do Alto Tietê pedem apoio do Estado na ampliação de leitos hospitalares



O Condemat (Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê) está solicitando o apoio do Governo de SP na imediata ampliação da capacidade de atendimento hospitalar na rede de saúde pública do Alto Tietê para dar vazão à demanda de casos de Covid-19 e de pacientes com sintomas gripais e síndromes respiratórias. A medida foi deliberada pelo Conselho de Prefeitos realizada no final da tarde de ontem (11).



Durante a reunião, os prefeitos discutiram o aumento no registro de casos confirmados de Covid-19. De acordo com levantamento do Condemat, a região registrou, de 28 de dezembro a 10 de janeiro, 2.384 casos confirmados de Covid-19, o que corresponde a um aumento de 961% em relação aos 14 dias anteriores.



Já os atendimentos de pacientes com sintomas gripais também tiveram alta de 60% a 80% nos municípios desde o fim de dezembro, o que tem sobrecarregado as unidades de saúde.



“Com essa alta nos novos casos de Covid-19 e o surto de Influenza, as unidades dos municípios estão ficando sobrecarregadas, por isso solicitamos com urgência a imediata ampliação de leitos de gestão estadual para atender à crescente demanda”, disse o presidente do Condemat e prefeito de Guarulhos, Guti, que sugeriu a reativação dos leitos do Hospital Dr. Arnaldo Pezzuti Cavalcanti, em Mogi das Cruzes, que dispõe de estrutura hospitalar que pode garantir assistência necessária à população da região do Alto Tietê.  



Os prefeitos discutiram ainda estratégias para a imunização de crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19. De acordo com a coordenadora da Câmara Técnica de Saúde, Adriana Martins, a expectativa é de que os municípios recebam o primeiro lote de doses neste final de semana, porém, o quantitativo esperado é muito inferior às necessidades dos municípios.

“Não temos dados oficiais, porém existe uma projeção de que a nossa região receba de 12 a 15 mil doses nesta primeira etapa, o que é insuficiente para atender à demanda e o que indica que será uma campanha à conta-gotas. De qualquer forma os municípios estão preparados para iniciar a imunização infantil assim que as vacinas chegarem”, disse Adriana.

Para minimizar os impactos causados pela vacinação lenta, os prefeitos avançam com a estratégia de abertura de cadastramento do público-alvo, para a convocação das crianças a serem imunizadas à medida em que forem disponibilizadas as doses e obedecendo o que diz o documento técnico do Plano Estadual de Imunização (PEI), com atendimento por faixa etária e comorbidades.

Saúde e educação

Na manhã de hoje (12) técnicos da Saúde e Educação dos 12 municípios do Condemat reuniram-se para avançar nas estratégias de imunização infantil contra a Covid-19. Até o momento, todos os municípios descartam que a vacinação ocorra no ambiente escolar.

“Com as informações que temos, percebemos que teremos uma campanha longa e extremamente fragmentada, por isso o é ideal é que seja priorizada a estrutura de saúde já adotada em cada município, evitando o deslocamento das equipes que estão desfasadas. Neste primeiro momento, até por conta da proximidade do início do ano letivo, as escolas não serão utilizadas para a vacinação”, destacou o coordenador da Câmara Técnica de Saúde, Leandro Bassini.

Técnicos dos municípios relataram que devem utilizar os espaços de saúde já existentes, porém adotar estratégias como a disponibilização de dias e horários específicos para a imunização infantil, respeitando a orientação de que estes espaços sejam de uso exclusivo para a vacinação do público.

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Por Leandro Cesaroni

Jornalista graduado pela FIAM e pós-graduado em jornalismo cultural pela FAAP