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ALTO TIETÊ

PF prende suspeitos de integrar facção criminosa em Itaquaquecetuba



Na manhã desta sexta-feira (9), a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO), força-tarefa coordenada pela Polícia Federal e integrada pela Polícia Civil, pela Polícia Rodoviária Federal e pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais, deflagrou a Operação “Caixa-forte”, que combate tráfico de drogas e lavagem de dinheiro por facção criminosa com atuação nacional. A ação resultou em mandados de prisão e de busca e apreensão em Itaquaquecetuba, na região do Alto Tietê, além de mais 17 cidades e unidades prisionais dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Mato Grosso do Sul.


A Polícia Federal informou que cerca de 250 agentes públicos, entre policiais federais, rodoviários federais e civis, além de agentes penitenciários, cumpriram 52 mandados de prisão preventiva, 48 mandados de busca e apreensão, 45 mandados de sequestro de valores/bloqueio de contas bancárias. Todos os mandados foram expedidos pela Vara de Tóxicos de Belo Horizonte.


Além de Itaquaquecetuba/SP, foram cumpridos mandados em Uberaba/MG, Conceição da Alagoas/MG, Campo Grande/MS, Corumbá/MS, São Paulo/SP, Ribeirão Preto/SP, Embu das Artes/SP e nas cidades paranaenses de Curitiba, Londrina, São José dos Pinhais, Almirante Tamandaré, Colombo, Fazenda Rio Grande, Goioerê, Mandirituba, Matinhos, Paranaguá, Pinhais e Piraquara.


As investigações tiveram início em novembro de 2018 e identificaram a existência de uma seção rigidamente estruturada dentro da facção, denominada “Geral do Progresso”. O setor era responsável por gerenciar o tráfico de drogas, distribuindo os entorpecentes que garantem o sustento da organização criminosa, bem como por orquestrar a lavagem de dinheiro dos valores oriundos dos crimes praticados. Segundo a PF, contas bancárias de pessoas aparentemente estranhas ao grupo criminoso eram cooptadas para ocultar e dissimular a natureza ilícita do montante movimentado.


A corporação afirmou que os criminosos também utilizavam o método de “depósitos fracionados” para lavar o dinheiro, realizando depósitos bancários de pequenas quantias em diversas contas, de forma a não se identificar o depositante e não ativar os gatilhos de comunicação de atividade suspeita às autoridades de controle de atividades financeiras (COAF), previstos na Lei de Combate à Lavagem de Dinheiro. Posteriormente, o dinheiro era transferido a outras contas ou mesmo sacado em terminais eletrônicos. Foram identificadas 45 contas bancárias, todas bloqueadas e com os valores sequestrados judicialmente. A movimentação financeira ultrapassou sete milhões de reais durante o período das investigações, segundo a Polícia Federal. Os números das contas eram enviados por integrantes de outro setor da facção, denominado “Resumo Integrado do Progresso dos Estados e Países”, responsável também pelo recebimento dos comprovantes para a realização da contabilidade geral dos valores movimentados.

Os presos estão sendo investigados pelos crimes de tráfico de drogas, participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas cominadas podem chegar a 33 anos de prisão.


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