A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (16), a Operação Lutcha, nas cidades de Itaquaquecetuba e São Paulo, com objetivo de combater a massiva concessão fraudulenta de benefícios previdenciários.
De acordo com a PF, o caso tem origem a partir de uma nova modalidade de fraude em benefícios previdenciários, por meio da instalação de dispositivos eletrônicos nas redes do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Esses equipamentos permitem o acesso remoto aos sistemas da autarquia, bem como aos dados e às senhas dos servidores.
Análises demonstram que organizações criminosas aliciam funcionários do INSS, os quais instalam os dispositivos eletrônicos nas agências, permitindo a concessão fraudulenta de benefícios previdenciários. No caso em questão, o crime teria ocorrido na agência da Previdência Social do Tatuapé.
Segundo a Polícia Federal, foi constatada que esta inédita modalidade de fraude, iniciada a partir de 2022, foi responsável pelo prejuízo de aproximadamente R$ 1 bilhão aos cofres públicos, afetando ao menos 22 mil segurados em todo o país.
As investigações contaram com a cooperação do Núcleo de Inteligência da Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista (CGINT) do Ministério do Trabalho e Previdência (MTP) e com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Os investigados, inicialmente, responderão pelos crimes de estelionato previdenciário, associação criminosa e corrupção passiva.
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