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Na manhã de quinta-feira (24), a Polícia Federal (PF) apreendeu quase R$ 2,7 milhões de reais em dinheiro vivo na casa do desembargador aposentado Júlio Roberto Siqueira Cardoso.
O magistrado, que é nascido em Mogi das Cruzes, foi alvo de mandado de busca e apreensão durante a Operação Ultima Ratio, que investiga um suposto esquema de compra de sentenças judiciais no Mato Grosso do Sul (MS).
Júlio Roberto formou-se em Direito pela Universidade Braz Cubas em 1972 e em Administração de Empresas pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) em 1973. Em 1984, foi nomeado para exercer o cargo de Juiz Substituto na Comarca de Dourados e, desde então, atuou somente em outras cidades do Mato Grosso do Sul. Ele se aposentou do TJMS (Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul) neste ano, após 40 anos de magistratura.
A PF divulgou uma foto da apreensão feita na casa do desembargador aposentado. Nas imagens, é possível ver centenas de notas de R$ 50, R$ 100, R$ 200, além de dólares. Também foram apreendidos na residência documentos, mídias, computadores e celulares.
A operação cumpriu, ao todo, 44 mandados de busca e apreensão nas cidades de Campo Grande/MS, Brasília/DF, Cuiabá/MT e São Paulo/SP, além de medidas como afastamento da função pública, monitoramento eletrônico dos investigados e outras cautelares.
A ação teve o apoio da Receita Federal e é um desdobramento da Operação Mineração de Ouro, deflagrada em 2021, na qual foram apreendidos materiais com indícios da prática dos referidos crimes.
O STJ determinou o afastamento do exercício das funções públicas de servidores, a proibição de acesso às dependências de órgão público, a vedação de comunicação com pessoas investigadas e a colocação de equipamento de monitoramento eletrônico.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Júlio Roberto Siqueira Cardoso, entretanto, este espaço segue aberto para manifestações.