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As mulheres têm aumentado cada vez mais sua presença nas empresas, incluindo áreas que foram por muito tempo consideradas masculinas. Essa tendência é compartilhada pela indústria regional que tem 25,7% de sua força de trabalho formada por colaboradoras, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), de janeiro de 2020 a dezembro de 2023, obtidos pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) em parceria com o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP).
Seja na produção, nos escritórios ou nos cargos de gerência e diretoria, a presença feminina tem se intensificado na indústria ao longo das últimas décadas. Dados do Observatório Nacional da Indústria, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), apontam que, entre 2008 e 2021, foi registrado um avanço das mulheres em cargos de gestão, saindo de 24% para 31,8%.
De acordo com o diretor regional do CIESP Alto Tietê, José Francisco Caseiro, além da adoção de políticas de equidade, o setor, que possui as melhores remunerações entre as atividades econômicas, também tem atraído as profissionais. “Se no passado a indústria era conhecida pelo trabalho braçal, agora a migração do setor para a Indústria 4.0 tem gerado uma série de oportunidades. Pesquisas apontam que até 2025 as áreas de logística, construção civil, vestuário e energia devem criar 540 mil novas vagas, o que abre oportunidade para aumentar a presença feminina nas empresas”, analisou.
Segundo informações do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), entre 2017 e 2021, houve uma alta de 36% no número de matrículas de mulheres. Quando considerado a graduação tecnológica ou tecnólogo, que são os cursos de maior nível de escolaridade e duração, o aumento foi ainda mais significativo: 140%. Para além da busca por qualificação, as mulheres estão atentas às tendências do mercado. Prova disso são os cursos mais procurados: Automação e Mecatrônica, Mineração, Logística e Tecnologia da Informação, setores que estão em crescimento e demandam mão de obra especializada.
Na outra ponta, as indústrias têm investido em ações para atrair mais mulheres para todas as áreas. Pesquisa da CNI mostra que de cada 10 indústrias brasileiras, seis contam com programas ou políticas de promoção de igualdade de gênero. “Sabemos que ainda existe muito a ser feito para promover a equidade dentro das indústrias e alcançar os níveis de presença feminina de outras atividades econômicas, mas a busca pela diversidade é constante, até para trazer mais experiências, visões e contribuições para o desenvolvimento da indústria nacional”, reforçou Caseiro.
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