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Mais deputados estaduais começaram a se posicionar contra a instalação de um pedágio na Rodovia Mogi-Dutra (Pedro Eroles), em Mogi das Cruzes, conforme previsto no projeto anunciado pela Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) para concessão do chamado “Lote Litoral Paulista”, que envolve rodovias de Mogi, Biritiba Mirim, Arujá e outras cidades do litoral e interior.
A mobilização de deputados faz parte de uma ação realizada pelo “Movimento Pedágio Não”, que no início de junho começou a cobrar que mais deputados estaduais se manifestassem a respeito da implantação da nova praça tarifária em Mogi das Cruzes.
Depois de André do Prado (PL), Caio França (PSB), Estevam Galvão (DEM), Marcos Damásio (PL) e Rodrigo Gambale (PSL), nos últimos dias, o movimento contra o pedágio ganhou também o apoio dos deputados Janaína Paschoal (PSL), Castello Branco (PSL), Arthur do Val (Patriota) e Carlos Giannazi (Psol).
Em sessão legislativa da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) realizada no dia 30 de junho, a deputada Janaína Paschoal afirmou: “Eu uso esse espaço para externar meio apoio ao Movimento Pedágio Não, um grupo que se formou para pedir ao Governo do Estado, em especial à Artesp, que não coloque um pedágio na Mogi-Dutra. Um dos fundamentos trazidos pelo movimento é no sentido de que o valor do pedágio corresponderia a 67 km, mas as pessoas que passarão ali, na região deste pedágio que pretendem instalar, só usarão 7km. Esse pedágio que está para ser instalado na Mogi-Dutra ele divide bairros, então pessoas que moram em um bairro e trabalham em outro, vão ter que pagar pedágio diariamente, então eu me associo aos colegas que já estão apoiando esse movimento. Peço ao Governo do Estado, peço à Artesp, ao secretário da pasta, que avaliem não instalar esse pedágio em especial, pois estarão criando uma iniquidade em termos de pagamentos e talvez até dificultando o exercício do direito fundamental ao trabalho e ao próprio direito de ir e vir. Não sou contrária a pedágios, entendo que muitas vezes eles são necessários, até pela manutenção das estradas. Mas é necessário ter também racionalidade na instalação desses pedágios, para não penalizar de maneira desproporcional à população”.
No dia 1º de julho, o deputado Castello Branco gravou um vídeo da Alesp também declarando seu apoio ao movimento e afirmando que entrou com um requerimento de informações à Artesp para pedir explicações sobre a instalação do pedágio, que ele classificou como absurda. “Nada a ver, vai encarecer mais ainda o custo de vida. É a ganância arrecadatória do estado, portanto, eu dou aqui os meus parabéns aos líderes do Movimento Pedágio Não – o Paulo Boccuzzi, de Mogi, e a Vanessa Santana, de Suzano -, deixando nesse vídeo o meu manifesto contra os pedágios no estado de São Paulo. Juntos somos mais fortes, somos todos um só”.
Também no dia 1º, o deputado Arthur do Val divulgou em suas redes sociais uma imagem com o seguinte questionamento: “Já imaginou ter que pagar pedágio para sair do seu bairro? Pois é isso o que pode acontecer em Mogi das Cruzes com a construção da praça de pedágio na Mogi-Dutra. Qual o sentido?”. Na descrição da publicação, o deputado afirmou ainda que o projeto não tem transparência e nem estudo de melhorias. “É o uso do estado para beneficiar os amigos do rei”, concluiu.
Já no último dia 3, o deputado Carlos Giannazi também gravou um vídeo da Alesp para manifestar apoio à luta: “A Mogi-Dutra, por exemplo já foi duplicada, teve investimento público e agora querem entregar de mão beijada para a concessionária ter lucro em cima da população. Esse pedágio vai prejudicar imensamente a economia da região, vai criar desemprego, vai criar um desalento, uma crise social e econômica em toda a região, prejudicando toda a população. Nós não podemos aceitar”, disse o deputado, lembrando, ainda, que este mês houve aumento nas tarifas de pedágio de todo o estado. “Contem com nosso total apoio, com nosso mandato. Nós vamos recorrer à Justiça, ao Ministério Público, ao Tribunal de Contas, contra esse ataque perverso à população de Mogi das Cruzes. Pedágio Não!”.