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Maestro mogiano com carreira internacional se apresentará na Catedral de Sant’Ana



Entre 9 e 26 de junho será realizada a 4ª edição do Festival Sesc de Música de Câmara, que contará com oito atrações nas cidades de Mogi das Cruzes, São Paulo, Guarulhos, Jundiaí, Sorocaba e Ribeirão Preto. Em Mogi, a apresentação será no dia 23 de junho, às 19h, na Catedral Sant’Ana, com entrada gratuita, e marcará o encontro do maestro mogiano Luiz de Godoy com o público de toda a região.



Com carreira internacional, o maestro – a convite do Sesc – pela primeira vez vai reger um concerto na cidade onde nasceu. 



Godoy comandará a Orquestra Sinfônica da USP (Brasil), membros da Ocupação Cultural Jeholu (Brasil), solistas vocais e os Meninos Cantores de Hamburgo (Alemanha), coro do qual é regente titular e que vem ao Brasil especialmente para participar do evento.



A apresentação, sob regência do mogiano radicado na Europa, traz à Catedral de Mogi das Cruzes o bicentenário da Independência com a Missa de Santa Cecília, do Padre José Maurício Nunes Garcia (1767-1830), escrita em 1826 para solistas vocais, coro e orquestra, e que é raramente executada. 



Esta é uma das mais importantes efemérides brasileiras de 2022 que está contemplada no Festival Sesc de Música de Câmara. A outra é o centenário da Semana de Arte Moderna, que será lembrado no concerto do Quarteto Carlos Gomes, que interpreta o Quarteto n.3 de Villa-Lobos, uma das obras do compositor carioca que foram apresentadas no célebre evento e poderá ser assistida em outras unidades do Sesc.

Além da homenagem à Semana de Arte Moderna, o Quarteto Carlos Gomes estreia What has been will be again, do paulistano Alexandre Lunsqui. A lista de encomendas  se completa com um arranjo de Corta-Jaca, de Chiquinha Gonzaga, feito pelo compositor Rodrigo Morte e que estará no repertório do quinteto Carion – cuja apresentação quebra com o rigor tradicional da música de concerto, com integrantes tocando sem partitura e se movimentando pelo palco.

A canção de câmara também faz sua estreia nesta edição do Festival com o Sampaensemble, que interpreta diferentes trios combinando voz, piano, clarinete, flauta e violoncelo. Formado especialmente para o evento, o grupo é integrado pela meio-soprano Joyce Tripiciano, o pianista Ricardo Ballestero, a violoncelista Heloisa Meirelles, o flautista Renan Mendes e o clarinetista Bruno Ghirardi.

Já os violonistas do Maogani trazem para o Festival a música popular, feita com um caráter camerístico particular e próprio do Brasil, num repertório que vai de Villa-Lobos e Ernesto Nazareth a Gilberto Gil e Milton Nascimento.

Outra marca registrada do Festival, uma programação voltada para crianças e adolescentes, está presente com o conjunto paulista Baderna Moderna. Especialmente concebido para a ocasião, o espetáculo Tem música nos meus olhos, é feito por músicos brasileiros e tem a proposta de apresentar a música contemporânea a crianças.

A programação do Festival Sesc de Música de Câmara se completa com ações educativas que incluem mediações antes de cada concerto; ciclos de debates; vivências para crianças e workshops.

“A dimensão educativa dessa iniciativa avigora-se com os debates, vivências e atividades formativas para distintos públicos, incluindo um concerto concebido para crianças, buscando o desenvolvimento de uma escuta mais qualificada. Outro aspecto é a ampliação do fomento de obras nacionais, essencial para o estímulo à criação da música de concerto contemporânea brasileira”, diz o diretor do Sesc São Paulo Danilo Santos de Miranda.

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