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Lula toma posse como presidente e revoga decretos de Bolsonaro; veja quais


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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou posse, neste domingo (1), em cerimônia realizada no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto, em Brasília.


Em seu primeiro discurso após ser empossado, Lula afirmou que a democracia foi a grande vitoriosa nas eleições de 2022.


“Nunca os recursos do Estado foram tão desvirtuados em proveito de um projeto autoritário de poder, nunca a máquina pública foi tão desencaminhada dos controles republicanos, nunca os eleitores foram tão constrangidos pelo poder econômico e por mentira disseminadas em escala industrial”, disse o presidente, em discurso no Congresso.


Lula destacou, ainda, a atuação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na condução do pleito e disse que a frente democrática vitoriosa superou “a maior mobilização de recursos públicos e privados que já se viu”, em referência à campanha do candidato Jair Bolsonaro.


“Apesar de tudo, a decisão das urnas prevaleceu graças a um sistema eleitoral. Foi fundamental a atitude corajosa do poder Judiciário, especialmente do TSE, para fazer prevalecer a verdade das urnas sobre as violências de seus detratores”.

Com a viagem do então presidente Jair Bolsonaro ao exterior pouco antes do fim do mandato, a faixa presidencial foi passada ao presidente Lula por um grupo oito de pessoas representativas da sociedade brasileira, que subiu a rampa ao lado do presidente Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin. No alto da rampa, a faixa passou de mão em mão até ser entregue a Lula por uma mulher negra catadora de materiais recicláveis. No grupo, havia ainda uma criança negra, uma pessoa com deficiência, o cacique Raoni, líder indígena reconhecido internacionalmente, e pessoas que participaram da vigília permanente durante os 580 dias que Lula permaneceu preso em Curitiba, entre 2018 e 2019.

Após tomar posse no Congresso Nacional e subir pela terceira vez a rampa do Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu posse a 37 ministros e assinou os primeiros atos do novo governo federal, revogando alguns decretos do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Decretos de Lula

Na cerimônia, realizada no Palácio do Planalto, foram assinados 13 despachos, entre decretos e medidas provisórias (MPs).

A primeira MP foi a que cria a nova estrutura ministerial. Também foi assinada MP que viabiliza a manutenção do Bolsa Família no valor de R$ 600 por beneficiário, mais R$ 150 por criança de até 6 anos de idade. Promessa de campanha do presidente, a medida só foi possível após a aprovação, pelo Congresso Nacional, de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que excluiu os gastos com o programa social da regra de teto de gastos.

Lula assinou também medida que mantém a desoneração de impostos federais PIS/Cofins sobre os combustíveis, além de um decreto sobre armamentos. Segundo a Presidência da República, trata-se do início do processo de reestruturação da política de controle de armas no país. Lula assinou ainda despacho determinando que a Controladoria Geral da União (CGU) reavalie, em 30 dias, as decisões que impuseram sigilo indevido sobre informações da administração pública. 

Na área ambiental, foram assinados alguns atos, incluindo um decreto que restabelece o combate ao desmatamento na Amazônia, e outro que restabelece o Fundo Amazônia, com recursos de R$ 3 bilhões em doações internacionais para combater o crime ambiental. Também foi assinado um despacho que determina que o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima proponha, em 45 dias, nova regulamentação para o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

Outros atos assinados por Lula no primeiro dia de mandato foram: despacho que determina aos ministros que encaminhem propostas para retirar de programas de desestatização empresas públicas como Petrobras, Correios e Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e outro que determina que a Secretaria-Geral da Presidência da República elabore propostas de recriação do Pro-Catadores, programa de apoio a catadores de materiais recicláveis.

Os atos serão publicados em edição extra do Diário Oficial da União.

Veja o resumo da lista dos primeiros atos assinados pelo presidente Lula no governo:

  • Assinatura da MP que modifica a estrutura do governo e os ministérios;
  • Assinatura da MP que garante R$ 600 de Bolsa Família para os mais pobres;
  • Assinatura da MP que desonera os combustíveis no Brasil;
  • Assinatura do decreto de armamentos, que inicia o processo de reestruturação da política de controle de armas no país;
  • Assinatura de decreto que restabelece o combate ao desmatamento na Amazônia;
  • Assinatura de decreto que restabelece o Fundo Amazônia e viabiliza R$ 3 bilhões de doações internacionais para combater crimes ambientais;
  • Revogação de decreto que incentivava garimpo ilegal na Amazônia;
  • Inclusão de pessoas com deficiência na educação: decreto que extingue a segregação;
  • Decreto que remove impedimentos à participação social na construção de políticas públicas;
  • Despacho que determina que a CGU reavalie em 30 dias as decisões que impuseram sigilo indevido sobre informações da administração pública;
  • Despacho que determina a ministros encaminhem proposta para retirar de programas de desestatização empresas públicas como Petrobras, Correios e EBC;
  • Despacho que determina que ministro de estado elabore propostas de recriação do Pro-Catadores;
  • Despacho para que Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas proponha, em 45 dias, nova regulamentação para o Conama.

Ministérios do Governo Lula

  • Advocacia-Geral da União
  • Casa Civil da Presidência da República
  • Controladoria-Geral da União
  • Gabinete de Segurança Institucional
  • Gabinete do Presidente da República
  • Ministério da Agricultura e Pecuária
  • Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
  • Ministério da Cultura
  • Ministério da Defesa
  • Ministério da Educação
  • Ministério da Fazenda
  • Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos
  • Ministério da Igualdade Racial
  • Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional
  • Ministério da Justiça e Segurança Pública
  • Ministério da Pesca e Aquicultura
  • Ministério da Previdência Social
  • Ministério da Saúde
  • Ministério das Cidades
  • Ministério das Comunicações
  • Ministério das Mulheres
  • Ministério das Relações Exteriores
  • Ministério de Minas e Energia
  • Ministério de Portos e Aeroportos
  • Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar
  • Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome
  • Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços
  • Ministério do Esporte
  • Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima
  • Ministério do Planejamento e Orçamento
  • Ministério do Trabalho e Emprego
  • Ministério do Turismo
  • Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania
  • Ministério dos Povos Indígenas
  • Ministério dos Transportes
  • Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
  • Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República
  • Secretaria-Geral da Presidência da República

Ministros do Governo Lula

  • Sônia Guajajara – Minstério dos Povos Indígenas
  • Rui Costa – Casa Civil
  • Flávio Dino – Ministério da Justiça e Segurança Pública
  • Fernando Haddad – Ministério da Fazenda
  • Simone Tebet – Ministério do Planejamento e Orçamento
  • Aniele Franco – Ministério da Igualdade Racial
  • Cida Gonçalves – Ministério das Mulheres
  • José Múcio Monteiro – Ministério da Defesa
  • Mauro Vieiria – Ministério das Relações Exteriores
  • Renan Filho – Ministério dos Transportes
  • Nísia Trindade – Ministério da Saúde
  • Margareth Menezes – Ministério da Cultura
  • Ana Moser – Ministério do Esporte
  • Carlos Fávaro – Ministério da Agricultura
  • Camilo Santana – Ministério da Educação
  • Alexandre Silveira – Ministério de Minas e Energia 
  • André de Paula – Ministério da Pesca e Aquicultura
  • Luciana Santos – Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
  • Marina Silva – Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas
  • Simone Tebet – Ministério do Planejamento
  • Esther Dweck – Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos
  • Carlos Lupi – Ministério da Previdência
  • Waldez Góes – Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional
  • Alexandre Padilha – Secretaria de Relações Institucionais
  • Daniela Carneiro – Ministério do Turismo
  • Silvio Almeida – Ministério dos Direitos Humanos
  • Margareth Menezes – Ministério da Cultura
  • Márcio França – Ministério dos Portos e Aeroportos
  • Paulo Teixeira – Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura familiar
  • Juscelino Filho – Ministério das Comunicações
  • Luiz Marinho – Ministério do Trabalho e Emprego
  • Márcio Macedo – Secretaria-Geral da Presidência da República
  • Vinícius Marques Carvalho – Controladoria-Geral da União (CGU)
  • Jorge Messias – Advocacia-Geral da União (AGU)
  • Gonçalves Dias – Gabinete de Segurança Institucional (GSI)
  • Geraldo Alckmin – Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

*com informações da Agência Brasil

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