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Greve da CPTM: saiba quais linhas devem ser afetadas nesta quarta

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Os ferroviários de São Paulo decidiram entrar em greve a partir da meia-noite desta quarta-feira (26), em três linhas da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), em protesto ao leilão de concessão das linhas, que será realizado pelo Governo de SP.


ATUALIZAÇÃO: em assembleia realizada na noite desta terça-feira (25), os trabalhadores da CPTM decidiram suspender a greve prevista para quarta. Saiba mais.


Os trabalhadores planejam suspender as operações das linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade, que conectam o centro da capital paulista à Zona Leste e a cidades da região metropolitana, como Mogi das Cruzes, Suzano e Guarulhos, por exemplo. Cerca de 4,6 milhões de pessoas residem nas áreas atendidas por essas linhas e podem ser impactadas pela paralisação.

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Lourival Junior, secretário de imprensa do Sindicato da Central do Brasil, detalha a agenda de mobilização dos trabalhadores. Nesta terça-feira (25), um ato estava previsto para ser realizado em frente à Bolsa de Valores (B3), às 9h da manhã, em protesto contra a privatização. Mais tarde, às 20h, uma assembleia ocorrerá na sede do sindicato, localizada na Rua Doutora Almeida Lima, nº 358, no bairro do Brás, para definir os rumos da greve.


“Amanhã está prevista a entrega dos envelopes das empresas que querem comprar as linhas e dia 28 (sexta-feira) está prevista a abertura desses envelopes. Então, a gente está pedindo para o governo do estado que cancele esse leilão, que chame o sindicato, que chame a categoria para conversar, para vermos a melhor forma de não ter um transporte privatizado, como o que está acontecendo nas linhas 8 e 9, que está uma baderna, uma bagunça. Não queremos que fique do mesmo jeito, então a paralisação é motivada por um transporte público de qualidade e a manutenção de emprego dos trabalhadores das linhas 11, 12 e 13”, explica ele.

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O Secretário de Transportes e Logística da CUT Nacional e diretor de Política Sindical da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), Wagner Menezes, conhecido como Marrom, alerta sobre os impactos negativos da privatização das linhas da CPTM, destacando possíveis prejuízos financeiros e operaçionais.

“Com certeza vai aumentar o valor da tarifa e a empresa que assumir a sua operação não vai atender a população como deve. Hoje já há um desgaste da frota, sem trens novos e, apesar dos atuais profissionais da CPTM serem especialistas, estão faltando mais trabalhadores porque o governo estadual não realiza concursos públicos. Um exemplo de como a privatização é ruim são as linhas da ViaMobilidade, campeãs em atrasos e acidentes”, argumenta.

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Ao longo dos 25 anos de concessão, o governo estadual estima um investimento de R$ 14,3 bilhões na privatização das linhas, dos quais cerca de 70% – aproximadamente R$ 10 bilhões – serão custeados pelo estado. Veja as melhorias previstas.

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