Entrevista: Michael Della Torre, candidato a prefeito de Mogi das Cruzes



O Notícias de Mogi inicia, esta semana, uma série de entrevistas com os candidatos a prefeito nas Eleições Mogi das Cruzes 2020, com o objetivo de esclarecer propostas apresentadas nos planos de governo e trazer respostas a outras questões inerentes à candidatura de cada um.

Cabe ressaltar que todos os candidatos foram convidados, simultaneamente, a participar das entrevistas e elas estão sendo publicadas de acordo com a ordem de envio das respostas.


Primeiro a responder, Michael Della Torre Neto tem 35 anos, é advogado e candidato a prefeito de Mogi das Cruzes pelo PTC (Partido Trabalhista Cristão), em coligação com o Partido da Mobilização Nacional (PMN). É a primeira vez que ele disputa um cargo público.


A candidata a vice de Michael Della Torre será a advogada Doralice Maria da Silva Carvalho (PTC), de 47 anos. Ela é moradora de Sabaúna e pós-graduanda em Direito e Processo Civil Previdenciário, além de já ter sido presidente partidária e palestrante de políticas públicas para mulheres.


Confira abaixo a entrevista que Michael Della Torre concedeu ao Notícias de Mogi:


Notícias de Mogi – A primeira proposta de seu plano de governo fala em “descentralizar o poder” em Mogi das Cruzes. Poderia explicar qual é o objetivo e como isto se daria?

Michael Della Torre – Há anos, Mogi das Cruzes está sendo governada pelas mesmas pessoas, ainda que mude o partido. Um apoia o outro de forma que não muda quem está no poder. A cidade é rica em arrecadação, por isso pode haver um investimento muito maior em diversas áreas, mas isto não acontece por não ser de interesse de quem está no “poder”. Na prática, a descentralização se fará com a aplicação do Orçamento participativo (pouco mais acerca, respondido da pergunta abaixo sobre consulta a população) e também com a criação de 2 a 3 sub prefeituras (Jundiapeba, Cezar de Souza e Biritiba Ussu), com autonomia administrativa total e que levarão mais próximo do munícipe todos os serviços ofertados pela sede.

NM – O senhor cita a redução de secretarias como uma medida que possibilitaria a redução de gastos e uma economia de aproximadamente R$ 5 milhões com custo de pessoal e demais despesas. Com quantas e quais pastas seria necessário acabar? Elas seriam integradas a outras já existentes?

MDTA redução de secretarias é possível a partir do momento em que você integra outras secretarias com interesses semelhantes. Não é necessária uma secretaria para cada assunto, se uma pode ser resolver dois ou mais. É preciso reduzir gastos e investir no desenvolvimento da cidade e reduzir a folha de pagamento de forma significante. Por exemplo, a secretaria de cultura será extinta e dará lugar a uma fundação cultural, que terá repasse da prefeitura municipal, mas também terá liberdade para captar recursos junto a iniciativa privada. Secretarias de gabinete e governo também serão integradas a uma única.

NM – O plano de governo do senhor propõe uma mudança na forma de direcionar os recursos públicos, consultando a população nos bairros, através de plebiscitos, formação de Conselhos, etc. Pode explicar como isto funcionaria e de que forma poderia contribuir para melhor gestão do dinheiro público?

MDTCada bairro tem uma necessidade diferente. É preciso ouvir o que a população anseia para a sua região, somente assim é possível atingir as necessidades mais urgentes e a partir daí fazer um trabalho em conjunto, governar para a população e junto dela. Hoje temos audiências públicas realizadas às segundas feiras, 11 horas da manhã, com toda ata pronta. Audiências públicas tem de ser feitas nos bairros, final de semana e com aviso prévio, com instrução da pauta.

NM – Uma de suas principais propostas para a saúde é fazer com que toda a rede funcione 24 horas por dia, com diversos turnos de atendimento médico e realização de exames. O senhor acredita que exista viabilidade financeira para uma medida deste porte?

MDTOs hospitais e UPAs estão sempre lotadas, doentes com dificuldades para agendar consultas e exames, entre outras demandas. O plano de governo, se lido com a devida atenção, diz tornar a rede 24 horas como medida de desafogar de imediato as longas esperas de marcação de consulta e exames, o que, pelos nossos estudos, é possível ser zerado em até 6 meses, não só trabalhando 24 horas como também trabalhando em convênio com toda a rede particular e sus (semelhante ao corujão da saúde feito na capital) zerada as filas e melhorando a estrutura e número de profissionais das UBS, bem como com a implantação do sistema Mogi saúde digital que implantaremos, será possível manter um atendimento de qualidade com menor custo.

NM – A empresária Andreia Diniz, que também se lançaria candidata a prefeita de Mogi mas acabou tendo sua candidatura retirada pelo partido, se tornou uma grande apoiadora e participante ativa de sua candidatura. Que papel ela terá em seu governo, caso seja eleito?

MDTEstamos caminhando juntos desde a pré-campanha, elaboramos o Plano de Governo juntos e temos os mesmos objetivos para a cidade. Não existe qualquer compromisso de cargo. Trata-se de defendermos o mesmo propósito.

NM – O senhor acredita que o fato de nunca ter ocupado um cargo eletivo é um ponto positivo ou negativo na disputa eleitoral? Como sua experiência como advogado poderá ser utilizada em um possível mandato?

MDTSem dúvida é um ponto positivo, pois a cidade vive um período muito delicado, onde há uma onda de corrupção gigantesca e todo o povo mogiano clama por mudança, por renovação. Votar em quem nunca assumiu uma função no Legislativo ou Executivo é sem dúvida, um ganho enorme para a população. Minha experiência de vida, como advogado, e também lembrando que sou empresário, tenho empresa de consultoria empresarial, contribuirá para uma excelente administração, a prefeitura, de certa forma é uma grande empresa, que precisa ser bem administrada, eu sempre digo que ninguém administra uma cidade do tamanho de Mogi das Cruzes, com quase meio milhão de habitantes sozinho, nesse sentido de suma importância são os secretários, atualmente nomeados por critérios de apadrinhamento político, no meu governo serão pessoas técnicas, com formação e habilitação para a área exclusiva de atuação.

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