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Empréstimo Consignado do Auxílio Brasil pode voltar a ser suspenso pela Caixa; entenda



A concessão do Empréstimo Consignado do Auxílio Brasil deve voltar a ser suspensa pela Caixa Econômica Federal. A ação foi recomendada pelo ministro Aroldo Cedraz, do Tribunal de Contas da União (TCU), que solicitou ao banco esclarecimentos sobre a nova linha de crédito.



De acordo com a orientação do ministro, que não é obrigatória, a instituição deverá se manifestar nas próximas 24 horas, contadas a partir do momento da ciência do despacho, ou seja, quando a Caixa for notificada oficialmente. O prazo tradicional é de cinco dias úteis, no entanto, segundo o ministro, precisou ser encurtado devido ao volume de empréstimos já concedido e a velocidade de liberação do crédito.



“A contar da ciência deste despacho, previamente à decisão quanto ao deferimento ou não da [medida] cautelar, sem prejuízo de que a Caixa, por prudência, cesse imediatamente a liberação de novos valores a partir de empréstimos nessa modalidade como medida de zelo com o interesse público, até que este Tribunal examine a documentação a ser encaminhada”, escreveu Cedraz no despacho.

Entre os documentos que a Caixa deverá encaminhar ao TCU estão pareceres, notas técnicas, resoluções e decisões colegiadas que tratem sobre precificação, critérios de concessão do empréstimo, taxas de juros, rentabilidade, inadimplência esperada, aprovação da linha de crédito relativa ao crédito consignado para beneficiários do Auxílio Brasil e gestão de riscos associados à operação.



No despacho, Cedraz esclareceu que não cabe ao TCU analisar os efeitos eleitorais do crédito consignado do Auxílio Brasil, como havia denunciado o Ministério Público de Contas. O ministro afirmou ter encaminhado uma cópia do processo ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que analise o caso.

Segundo Cedraz, o TCU pode apenas avaliar eventuais irregularidades na gestão interna da Caixa. O órgão analisa se o banco deixou de observar procedimentos operacionais ou de fazer análises de risco essenciais e prévios à decisão de ofertar o crédito consignado do Auxílio Brasil.

Entenda o caso

No último dia 18, o Ministério Público de Contas que atua junto ao TCU pediu a suspensão do empréstimo consignado do Auxílio Brasil. Segundo a representação, feita pelo subprocurador Lucas Furtado, haveria indícios de desvio de finalidade e objetivo meramente eleitoral na linha de crédito, com possíveis prejuízos para a Caixa e os cofres públicos. Ele pediu a concessão de uma medida cautelar para suspender novas operações até que o TCU termine de analisar o caso.

Segundo o sistema do TCU, a Caixa recebeu a notificação do despacho pouco antes das 19h. Até agora, o banco não se manifestou. Das 18h de sexta-feira (21) até as 7h de hoje (24), a concessão de empréstimos consignados do Auxílio Brasil ficou suspensa. Segundo o banco, isso ocorreu pela necessidade de manutenção técnica no sistema.

*com informações da Agência Brasil

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