Em mais um período chuvoso, o Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae) tem reforçado as orientações aos moradores para a correta separação dos sistemas de drenagem e de esgoto nas residências.
Segundo a autarquia, o aumento das chuvas no início do ano eleva a necessidade de manutenção no sistema, devido ao acúmulo de terra que é levada pelas águas pluviais para dentro das tubulações.
“Nenhuma rede de esgoto está projetada para receber água da chuva”, explica o Semae, acrescentando que o normal é que as calhas conduzam a água da chuva para as guias nas ruas, de onde segue para as bocas de lobo e galerias e, na sequência, até os córregos e rios da cidade.
Ainda de acordo com a autarquia, misturar as redes pode ocasionar vazamentos em tampões de rede de esgoto – visíveis nas ruas e avenidas após dias chuvosos – e entupimentos de tubulação. Outro tipo de ocorrência comum é o retorno de esgoto para dentro das casas: isso acontece porque o volume de chuva que chega às tubulações de esgotamento é muito grande, voltando para dentro das residências e causando transtornos aos moradores.
“Nesta época do ano, aumenta muito a demanda de manutenção por conta da água de chuva que enche a rede de terra, com a necessidade de hidrojateamento (limpeza com uso de jatos d’água)”, diz o encarregado de Obras e Redes do Semae, Anderson Amorim. De acordo com o setor, a média de vazamentos no sistema de esgoto em dezembro e janeiro é 31% maior que a média dos meses sem chuva.
Segundo o Semae, nas ações de reparo, são utilizados os caminhões combinados da autarquia, que fazem a sucção dos detritos acumulados na rede e o jateamento com água sob pressão, no interior dos canos.
“Esta solução é apenas emergencial. Para resolver o problema de forma definitiva, é necessário que cada morador faça uma verificação do sistema de escoamento de água de sua residência”, diz a autarquia.
Outro problema muito recorrente é o lançamento de materiais sólidos no sistema de esgoto. De acordo com o Semae, é comum as equipes responsáveis pela manutenção retirarem das tubulações vários detritos como gordura solidificada, pedras, pedaços de madeira e de colchão, por exemplo.
O resultado são entupimentos e vazamentos que geram transtornos para a população, como retorno de esgoto para dentro dos imóveis, mau cheiro nas ruas e bloqueios no trânsito para os serviços de reparo.