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Eleições 2022: confira entrevista com Gabriel Colombo, candidato ao Governo de SP pelo PCB


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Notícias de Mogi inicia, nesta quinta-feira (25), uma série de entrevistas com os candidatos a governador do Estado de São Paulo nas Eleições 2022, com o objetivo de conhecer melhor suas propostas de governo para a cidade de Mogi das Cruzes e a região do Alto Tietê.


O primeiro a participar é o candidato Gabriel Colombo, do PCB (Partido Comunista Brasileiro), que tem como vice Manoel Messias.


Colombo tem 32 anos, é agrônomo e mestre em Ecologia pela Universidade de São Paulo (USP). Ele nasceu no Rio de Janeiro, cresceu em Minas Gerais e passou a juventude em São Paulo. Atualmente, mora em Piracicaba. É a primeira vez que ele concorre a um cargo público.


O candidato disse ser contra as privatizações e a favor do aumento de investimento em saúde pública, falou que a saída para o aumento da criminalidade é a geração de empregos e declarou que, se for eleito, vai mapear e confiscar imóveis “que não cumprem função nenhuma” para construção de moradias populares.


Confira a seguir a entrevista que Gabriel Colombo concedeu ao Notícias de Mogi:

Notícias de Mogi – Desde o fechamento do pronto-socorro do Hospital Estadual Luzia de Pinho Melo, em Mogi das Cruzes, em fevereiro de 2021, houve uma sobrecarga no sistema de saúde municipal, principalmente no PS da Santa Casa de Misericórdia. Qual a sua proposta para ampliar o atendimento da saúde na região?

Gabriel ColomboOs governos que estão aí são todos farinha do mesmo saco: privatizam e retiram recurso da saúde pública para deixar o povo à mercê de meia dúzia de empresários que lucram milhões com a saúde privada. Os comunistas defendem o aumento do investimento na saúde pública, com a reabertura dos milhares de leitos hospitalares e equipamentos fechados pelo governo do PSDB.

NM – Os mogianos têm acompanhado, nos últimos meses, o aumento no número de casos de furto e roubos, principalmente na área comercial localizada no centro da cidade. Como a segurança, em maior parte, é de responsabilidade do Estado, quais são suas propostas para reforçar a segurança no Alto Tietê? Acredita que há viabilidade para abertura de um BAEP (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) na região?

GCNos últimos anos, a militarização da sociedade aumenta vertiginosamente, sem que a população esteja de verdade mais segura – pelo contrário. A saída da violência não vem com mais violência: vem com geração de empregos e melhora nas condições de vida da maioria pobre da população.

NM – Além de ter que dar apoio à Polícia Militar no combate à criminalidade, a Guarda Municipal de Mogi das Cruzes teve que atuar, nos últimos dois anos, em diversos casos de invasão de propriedades no município. Quais são seus projetos para a região na área da Habitação e Moradia?

GCNa opinião dos comunistas, é um absurdo que haja tantos imóveis e terrenos completamente abandonados pelas grandes cidades (alguns, propriedade das próprias prefeituras e governos), enquanto tantos paulistas não têm onde morar, ou comprometem uma enorme quantidade dos seus rendimentos com aluguéis. Um governo comunista tomaria a frente no processo de mapear e confiscar imóveis que não cumprem função nenhuma para fins de construção de moradias populares.

NM – No ano passado, depois de uma grande mobilização que envolveu políticos e representantes de diversos setores da sociedade de Mogi das Cruzes, a Artesp anunciou o cancelamento do edital do “Lote Litoral Paulista”, que previa um pedágio na Rodovia Mogi-Dutra. A suspensão do projeto foi considerada uma grande vitória da população mogiana. Caso ganhe as eleições, há possibilidade de a região receber um pedágio?

GCOs comunistas são contra as concessões das rodovias à inciativa privadas e contra os pedágios – o povo já paga impostos demais, que deveriam recair sobre os mais ricos, não sobre a maioria trabalhadora da população. Queremos pedágio zero, menos impostos pros mais pobre, mais cobrança sobre os ricos – que inclusive são os que mais sonegam.

NM – Milhares de mogianos utilizam os trens da CPTM todos os dias para ir trabalhar na capital ou em outras cidades do Alto Tietê e são recorrentes reclamações com as atuais condições das estações da CPTM na cidade, principalmente as de Braz Cubas e Jundiapeba. Quais são seus projetos para melhorar o serviço prestado pela CPTM? Há viabilidade para ampliação da Linha 11-Coral em Mogi das Cruzes, com mais uma estação no distrito de Cezar de Souza?

GCAs privatizações que já ocorrem em outras linhas da CPTM, com grande piora no serviço, mostram que essa não é a saída. Precisamos de mais investimentos no transporte público, com a recriação da extinta FEPASA e ampliação das linhas, inclusive pro litoral e pro interior paulista – Campinas, Sorocaba etc. E na decisão de onde serão as estações, o que deve importar mais é a própria voz da população, que deverá ser ouvida por meio de Conselhos Populares de Transporte e audiências públicas. Sem dúvida, a expansão do sistema metroferroviário paulista precisa ser drasticamente acelerada.

NM – Qual sua opinião a respeito do voto eletrônico? Acredita que as urnas são seguras da forma como são utilizadas atualmente?

GC Não há motivo nenhum para considerar mais segura uma eleição com cédulas impressas e apurada à mão. Toda tempestade em copo d’água sobre esse tema é só uma ilusão elaborada por políticos que querem, como Bolsonaro, distrair a população dos temas de real importância: o preço absurdo dos combustíveis causado pela política de paridade dos preços; o desemprego; a fome; a inflação. São esses os temas que os comunistas querem debater nessas eleições, e para os quais só uma política anticapitalista pode oferecer uma resposta definitiva.

Todos os candidatos foram convidados, simultaneamente, a participar das entrevistas e elas estão sendo publicadas de acordo com a ordem de envio das respostas

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