No Alto Tietê, os casos de dengue cresceram em 42,1% no primeiro trimestre de 2022. Dados do Ministério da Saúde indicam que, em todo o Brasil, foram cerca de 542.038 casos entre janeiro e abril. De acordo com o coordenador da Policlínica da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), Dr. Melquiades Portela, a prevenção é a melhor maneira para desacelerar o surto da doença.
O médico explica que a doença é transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti e possui diferentes variações, sendo a dengue hemorrágica a versão mais grave, pois compromete a coagulação do sangue e pode levar à morte. “É importante destacar que a doença só é transmitida através da picada do mosquito. Ela não é contagiosa, ou seja, o ser humano não é capaz de infectar outro com a doença”, afirma o Dr. Melquiades.
Sintomas da dengue
Segundo o médico, o quadro clínico da dengue se assemelha a uma gripe forte. “Os principais sintomas e sinais da doença são dores de cabeça, dores musculares, (mialgia) e em casos graves, o surgimento de pequenas manchas no corpo também chamadas de petéquias. É muito comum as pessoas confundirem com sintomas de um resfriado ou de uma virose. Ao suspeitar que está com dengue, o paciente deve buscar assistência médica, imediatamente”, diz o Dr. Melquiades.
Tratamento da dengue
Uma das indicações para quem contrai a doença é tomar muito líquido para evitar a desidratação. O médico reforça que o paciente não deve recorrer à automedicação e informa que antitérmicos, analgésicos cujo princípio ativo seja à base de ácido acetilsalicíco – o AAS e Aspirina – são extremamente perigosos nestes casos, sendo contraindicado.
Para diminuir a proliferação do mosquito da dengue, o Dr. Melquiades Portela explica que é importante eliminar qualquer depósito de água parada dentro de casa ou no quintal. “A prevenção deve ser direcionada à eliminação das larvas já no nascedouro, evitando desta forma o acúmulo de água em qualquer recipiente. Neste sentido, cada um de nós, individual ou coletivamente, deverá ter a consciência focada na prevenção, evitando desta forma a proliferação de larvas e do próprio mosquito”, finaliza o médico.