A cidade de Mogi das Cruzes voltará, a partir desta quarta-feira (3), à fase vermelha e mais restrita da quarentena. A decisão da Prefeitura foi anunciada no início desta tarde, após aumento na ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e enfermaria destinados a pacientes com Covid-19.
“Infelizmente regredimos a fase vermelha, nossas UTIs municipais já ultrapassaram 90% de ocupação e isso nos coloca em estado de alerta. Todas as medidas e protocolos de saúde estão sendo adotados, porém, precisamos de você”, publicou o prefeito Caio Cunha nas redes sociais.
“Não dá pra vencer uma luta de um inimigo invisível sem que TODOS colaborem, se proteger é um ato de respeito com você mesmo e ao próximo!”, acrescentou ele.
Como das outras vezes, a mudança de fase em Mogi das Cruzes não foi determinada pela governo estadual, mas sim pela administração municipal, que tem o poder de adotar medidas mais restritivas que às do Estado, nunca mais brandas. Conforme a última atualização do Governo de SP, Mogi se encontrava na fase laranja do Plano São Paulo.
Na etapa vermelha, de restrição máxima, só há funcionamento normal de farmácias, mercados, padarias, lojas de conveniência, bancas de jornal, postos de combustíveis, lavanderias e hotelaria. Já os comércios e serviços não essenciais só podem atender em esquema de retirada na porta, drive-thru e entregas por telefone ou aplicativos.
Na noite de ontem (1), o secretário municipal de saúde de Mogi das Cruzes, Henrique Naufel, afirmou, em uma transmissão ao vivo ao lado do prefeito Caio Cunha, que a cidade está “à beira de um colapso” por conta da ocupação de leitos destinados a pacientes com coronavírus (Covid-19).
Segundo Naufel, o Hospital Municipal de Mogi das Cruzes, onde funciona o Centro de Referência do Coronavírus na cidade, está, desde sábado (27), com 100% dos leitos ocupados, tanto de enfermaria quanto de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). “Nós só conseguimos internar alguém quando há uma alta ou, infelizmente, algum óbito”, disse o secretário, que promoveu uma reunião entre os administradores de hospitais públicos e privados do município e o prefeito Caio Cunha, para entender a atual situação da ocupação de leitos.
“Os hospitais públicos e privados, somando todos os leitos de terapia intensiva da região, estão com 88% de ocupação e a enfermaria com 79%”, afirmou Naufel, acrescentando que Mogi continua recebendo muitos pacientes de outras cidades da região.