A maioria das empresas que operam as linhas de ônibus municipais na região do Alto Tietê já protocolou pedidos de revisão na tarifa junto às prefeituras, segundo informações do Condemat (Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê).
As empresas argumentam que as tarifas atuais estão defasadas, em razão principalmente dos preços dos combustíveis, e tornam inviáveis a continuidade da prestação dos serviços.
Ainda segundo o Condemat, em algumas cidades na área de abrangência do consórcio, as solicitações superam 100% de reajuste, o que elevaria o valor da passagem para R$ 9,00. Os prefeitos, no entanto, descartam esse aumento.
“Os prefeitos entendem que o aumento ocorrido no preço dos combustíveis e a projeção de novas altas no ano, somado à queda no volume de passageiros em decorrência da pandemia, tem gerado um cenário insustentável para as empresas, inclusive colocando em risco a operação dos transportes. Mas diante das dificuldades econômicas que ainda persistem e do alto índice de desemprego, descartam o aumento das tarifas nos índices pleiteados pelas concessionárias”, disse o secretário executivo do Condemat, Adriano Leite.
Em alguns municípios da região, as concessionárias pleiteiam o aumento das passagens ainda para esse exercício, quando normalmente as alterações de tarifas ocorrem no início de cada ano.
Teto
Segundo Adriano Leite, estudos técnicos e frentes de negociação estão em andamento nos municípios para estabelecer um teto para o reajuste nas tarifas de ônibus. A expectativa é de que as cidades do Alto Tietê pratiquem índices equivalentes, visto a grande circulação dos moradores dentro da própria região. Além disso, São Paulo também deverá ser uma importante referência.
“As cidades buscam uma alternativa equilibrada e justa, que garanta a continuidade dos serviços com o menor impacto possível aos usuários”, concluiu o secretário do Condemat.
Atualmente, as passagens de ônibus municipais estão a R$ 4,20 (Santa Isabel), R$ 4,40 (Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba, Poá e Suzano) e R$ 4,50 (Arujá, Guararema e Mogi das Cruzes).
