A cidade de Mogi das Cruzes voltou a atingir um novo recorde de mortes por coronavírus na última semana. De acordo com dados disponibilizados pela Prefeitura Municipal, foram 33 óbitos entre os dias 22 e 28 de março. Até então, a maior média semanal havia sido de 28 mortes, registrada duas vezes este ano: entre 22 e 28 de fevereiro e entre 8 e 14 de março. Confira no gráfico abaixo.
Com isto, o município chega à marca de 868 vítimas fatais da Covid-19 desde o início da pandemia. O número representa 4,2% do total de pessoas (20.428) que testaram positivo para a doença na cidade – das que não morreram, 16.164 se curaram e outras 3.396 são casos ativos.
A média semanal de contaminações também continua acima do patamar do ano passado. Segundo os dados da administração municipal, entre 22 e 28 de março foram contabilizados 802 casos confirmados de Covid-19 em Mogi das Cruzes. Neste caso, o recorde foi na primeira semana de março, quando a cidade confirmou 1.277 novos casos.
A alta taxa de contaminações tem feito com que Mogi não consiga desafogar a ocupação hospitalar máxima, condição em que se encontra há mais de duas semanas, apesar da abertura de novos leitos de UTI e enfermaria no Hospital Municipal, na Santa Casa de Misericórdia e no Hospital Dr. Arnaldo Pezzuti Cavalcanti.
Na última segunda-feira (29), o prefeito de Mogi das Cruzes, Caio Cunha, propôs aos prefeitos das demais cidades do Alto Tietê que toda a região adotasse o lockdown como medida emergencial para tentar frear o avanço do coronavírus e controlar o colapso na rede de saúde. No entanto, de acordo com o Condemat (Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê), de forma unânime, os prefeitos rejeitaram a proposta, alegando que ela só teria sentido se fosse adotada em toda a Grande São Paulo, uma vez que muitos cidadãos da região costumam se deslocar à capital, principalmente a trabalho.