Em março de 2022, os casos confirmados de dengue na região do Alto Tietê apresentaram um aumento de 427% em relação ao mês anterior, segundo dados disponibilizados pela Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo (SES/SP).
As estatísticas apontam que a região possuía 9 casos de dengue em janeiro. No mês seguinte, em fevereiro, foram registrados 11 novos casos. Já em março, as dez cidades do Alto Tietê somaram, juntas, 58 novos casos de dengue.
Desde o início do ano já são 74 casos confirmados de dengue na região, sendo que 64 são autóctones, ou seja, foram contraídos nas próprias cidades, e 10 são importados de outros municípios. Além disso, ao todo, o Alto Tietê concentra 377 notificações de dengue.
Ainda de acordo com os dados da SES/SP, os municípios da região com mais casos confirmados da doença entre janeiro e março são Itaquaquecetuba e Suzano, com 17 casos cada um. Já em Salesópolis não foi registrado nenhum caso no primeiro trimestre do ano. Confira abaixo o quadro.
Casos de dengue no Alto Tietê em 2022
Cidade | Notificações | Casos confirmados autóctones | Casos confirmados importados |
Arujá | 21 | 7 | 0 |
Biritiba-Mirim | 28 | 4 | 1 |
Ferraz de Vasconcelos | 39 | 9 | 0 |
Guararema | 70 | 2 | 0 |
Itaquaquecetuba | 80 | 17 | 0 |
Mogi das Cruzes | 49 | 3 | 8 |
Poá | 22 | 5 | 0 |
Salesópolis | 2 | 0 | 0 |
Santa Isabel | 13 | 1 | 0 |
Suzano | 53 | 16 | 1 |
Total | 377 | 64 | 10 |
Sobre a dengue
A dengue é uma doença febril aguda com amplo espectro de manifestações clínicas, que podem variar desde formas assintomáticas a casos graves e fatais. Atualmente, trata-se da arbovirose (doença viral transmitida por vetores artrópodes) mais importante no Brasil e no mundo.
A dengue ocorre principalmente nos países tropicais, cujas condições do meio favorecem a proliferação do mosquito Aedes aegypti, seu principal vetor, e do Aedes albopictus, considerado secundário. A eliminação de acúmulos de água parada é a medida mais efetiva para combate aos mosquitos.
Fatores biológicos e ambientais, bem como aqueles relacionados à dinâmica social e à pressão seletiva sobre vetores e vírus, têm contribuído para o aumento da incidência em áreas endêmicas, para a ocorrência de surtos e de epidemias, assim como para a introdução da doença em novas regiões.
Não há tratamento antiviral contra o vírus da dengue. Para alívio de sintomas como dores, febre, náuseas e vômitos deve-se utilizar medicações sintomáticas (paracetamol, dipirona, metoclopramida e dimenidrinato).