Estudantes do ensino médio e técnico da rede estadual de São Paulo poderão receber bolsa-estágio de até R$ 1.000. A criação do programa de estágio remunerado foi proposta pelo Governo de SP à Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), com o objetivo de inserir os alunos no mercado de trabalho e combater a evasão escolar.
Os estudantes do ensino médio poderão atuar como monitores no reforço de língua portuguesa e matemática nas escolas de ensino regular. Serão quatro horas de jornada de atividades de estágio diárias — 20 horas semanais.
As bolsas mensais de R$ 1.000 serão pagas a estagiários que frequentam os cursos na área de tecnologia oferecidos no itinerário formativo de Ensino Médio Técnico, de ciência de dados e desenvolvimento de sistemas. Para os demais cursos, a expectativa da Educação é um pagamento mensal de R$ 650.
A equipe técnica da Seduc-SP (Secretaria de Educação de São Paulo) deverá lançar editais para parcerias com instituições e empresas privadas interessadas em receber os estudantes do programa. O início dos estágios deve ocorrer entre o fim deste ano e o início de 2025.
A bolsa-auxílio será paga pela Educação por um período de seis meses, assim como o seguro contra acidentes pessoais dos estudantes. As empresas parceiras deverão fornecer auxílio transporte aos estudantes e dispor de profissional que atuará como supervisor do estágio, com formação ou experiência na área de conhecimento do curso técnico da Seduc-SP.
Após um período de estágio de seis meses no programa estadual, os estudantes concluintes do Ensino Médio poderão ter seus contratos de estágio assumidos pelas empresas.
Inicialmente, o programa deve beneficiar 5.000 estudantes do ensino técnico. A expectativa do Governo de SP é ampliar o número para 30 mil estagiários. Atualmente, a Educação de SP tem 73,6 mil estudantes matriculados no itinerário formativo do Ensino Médio Técnico.
“A expectativa da criação desse programa abrange e beneficia nossos estudantes de várias maneiras. Com o estágio, eles não terão apenas um incentivo financeiro para continuarem na escola e aprender, mas também para conhecerem o mercado de trabalho, atuarem de forma prática com aquilo que é ensinado em sala de aula e ainda decidirem o que eles esperam para o futuro no campo profissional” Renato Feder, secretário estadual de educação de SP