A Associação Comercial de Mogi das Cruzes (ACMC) avaliou a antecipação de feriados adotada pelo governador e prefeitos como “uma medida positiva, que deve beneficiar a retomada da economia a partir de junho”.
Com o objetivo de tentar aumentar o isolamento social e frear o avanço do novo coronavírus, na cidade, o feriado municipal de Corpus Christi foi antecipado de 11 de junho para essa sexta-feira (22). Já o Governo Estadual adiantou para segunda-feira o feriado da Revolução Constitucionalista, de 9 de julho, medida que foi aprovada na Assembleia Legislativa na noite da última quinta (21).
“Diante da perspectiva de flexibilização do comércio a partir de junho, essa antecipação de feriados é positiva para a retomada da economia, pois evitará interrupções no ritmo das atividades”, avalia Marco Zatsuga, presidente da ACMC, referindo-se a uma declaração do governador João Doria em que ele diz que pode afrouxar a quarentena, de forma escalonada, a partir de junho.
O dirigente ressalta que a medida de antecipação eliminará, ainda, as emendas dos feriados que o calendário oficial traria. Isto porque 11 de junho e 9 de julho caem em quintas-feiras, o que faria muitas empresas emendarem os feriados com os finais de semana, prejudicando mais dois dias no comércio.
“Os feriados prolongados impactam negativamente a maior parte do comércio, pois muitas pessoas viajam. Além do feriado em si, essa antecipação vai eliminar as emendas e teremos mais dias úteis para o funcionamento das lojas. Mas isso tudo contando com a flexibilização das atividades a partir de junho”, afirma Zatsuga.
O presidente da ACMC acrescenta que o comércio, em especial os segmentos com restrições como vestuário e calçados, tem sofrido muitas perdas desde o início da quarentena. No Dia das Mães, por exemplo, as vendas recuaram 41%, segundo pesquisa da Boa Vista Serviços. O movimento de vendas na data costuma ficar atrás apenas do Natal.
“O fechamento das lojas restringe muito as opções para os consumidores. As transações eletrônicas ajudam, mas não o suficiente para compensar as vendas físicas. A retomada das atividades é essencial para conter os prejuízos e evitar o fechamento de mais empresas e o desemprego”, conclui o dirigente.