Categorias
ALTO TIETÊ

Alto Tietê tem mais de 40 casos confirmados de dengue em 2020; veja estatísticas

Siga nosso Canal no WhatsApp e receba todas as notícias da cidade no seu celular!

Além de se preocuparem com a pandemia de coronavírus, moradores do Alto Tietê também devem ficar atentos ao crescimento nos casos de dengue, uma vez que a época é propícia para a formação de criadouros da larva do Aedes Aegypti, mosquito transmissor da doença.


De acordo com um balanço realizado pela Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, somente nos dois primeiros meses de 2020 foram registrados 48 casos confirmados de dengue nos dez municípios do Alto Tietê, sendo que 33 são autóctones, ou seja, foram contraídos nas próprias cidades, e 15 são importados.

O município com mais casos confirmados da doença em janeiro e fevereiro é Mogi das Cruzes. No total, são 13 casos – 10 autóctones e 3 importados. Já em Salesópolis e Ferraz de Vasconcelos não foi registrado nenhum caso no primeiro bimestre do ano.


Além disso, ao todo, a região do Alto Tietê concentra 660 notificações de dengue, sendo que só em Itaquaquecetuba são 158 e, em Mogi das Cruzes, 125.


Confira mais detalhes na tabela abaixo:

CidadeNotificaçõesCasos confirmados autóctonesCasos confirmados importados
Arujá8542
Biritiba-Mirim1120
Ferraz de Vasconcelos3200
Guararema8735
Itaquaquecetuba15861
Mogi das Cruzes125103
Poá4222
Salesópolis400
Santa Isabel2311
Suzano9351
Total6603315

Sobre a dengue

Doença febril aguda com amplo espectro de manifestações clínicas, que podem variar desde formas assintomáticas a casos graves e fatais. Atualmente, trata-se da arbovirose (doença viral transmitida por vetores artrópodes) mais importante no Brasil e no mundo.

Leia também:  Tarcísio confirma recurso para obras da alça de saída do Rodoanel em Suzano

Ocorre sobretudo nos países tropicais, cujas condições do meio favorecem a proliferação do mosquito Aedes aegypti, seu principal vetor, e do Aedes albopictus, considerado secundário. A eliminação de acúmulos de água parada é a medida mais efetiva para combate aos mosquitos.

Fatores biológicos e ambientais, bem como aqueles relacionados à dinâmica social e à pressão seletiva sobre vetores e vírus, têm contribuído para o aumento da incidência em áreas endêmicas, para a ocorrência de surtos e de epidemias, assim como para a introdução da doença em novas regiões.

Não há tratamento antiviral contra o vírus da dengue. Para alívio de sintomas como dores, febre, náuseas e vômitos deve-se utilizar medicações sintomáticas (paracetamol, dipirona, metoclopramida e dimenidrinato).

Definição de casos

Caso Suspeito

Pessoa que viva ou que tenha viajado nos últimos 14 dias para área onde esteja ocorrendo transmissão de dengue ou tenha a presença de Aedes, que apresente febre, usualmente entre 2 e 7 dias, e apresente duas ou mais das seguintes manifestações:

  • Náuseas ou vômitos;
  • Exantema (erupção cutânea);
  • Mialgias ou artralgias (dores musculares);
  • Cefaleia (dor de cabeça) ou dor retroorbital;
  • Petéquias (pontos vermelhos pelo corpo) ou prova do laço positiva;
  • Dor abdominal intensa e contínua, ou dor a palpação do abdome;
  • Vômitos persistentes;
  • Derrames cavitários (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico);
  • Sangramento de mucosas;
  • Letargia ou irritabilidade;
  • Hipotensão postural (lipotimia);
  • Hepatomegalia maior de que 2 cm;
  • Aumento progressivo do hematócrito.
  • Choque devido ao extravasamento grave de plasma evidenciado por taquicardia; extremidades frias e tempo de enchimento capilar igual ou maior a 2 segundos; pulso débil ou indetectável; pressão diferencial convergente (diferença entre a pressão arterial sistólica e a diastólica menor ou igual a 20 mmHg); hipotensão arterial em fase tardia, acúmulo de líquidos com insuficiência respiratória.
  • Sangramento grave (hematêmese, melena, metrorragia volumosa, sangramento do sistema nervoso central).
  • Comprometimento grave de órgãos tais como: dano hepático importante (AST ou ALT> 1000), sistema nervoso central (alteração da consciência), coração (miocardite) ou outros órgãos.
Leia também:  SESI Suzano terá atividades de férias com aprendizado em sustentabilidade e cidadania

Crianças provenientes ou residentes em área com transmissão de dengue, com quadro febril agudo, usualmente entre 2 e 7 dias, e sem foco de infecção aparente também podem ser consideradas suspeitas de dengue.

Caso confirmado

É todo caso suspeito de dengue confirmado laboratorialmente. Após a verificação laboratorial da circulação viral na área, a confirmação é realizada por critério clinico-epidemiológico.

Serão considerados óbitos suspeitos de dengue aqueles que cumpram os critérios de definição de caso suspeito e que tenham morrido como consequência de dengue. Assim, todos os suspeitos de dengue cuja doença tenha iniciado a cadeia de acontecimentos patológicos que conduziu diretamente à morte, ou seja, tenham a dengue como causa básica do óbito, deverão, por conseguinte, ser considerados óbitos suspeitos de dengue. Suspeitos de dengue com comorbidades que evoluírem para óbito durante o curso da doença devem ser considerados suspeitos de óbito por dengue. A classificação independe do tempo de evolução da doença ou da duração de sua fase aguda.

Todos os óbitos suspeitos de dengue devem ser investigados conforme protocolo vigente. A confirmação dos óbitos por dengue será feita mediante os resultados da investigação e da realização de exames específicos, utilizando, portanto, o critério laboratorial.

Pacientes que cumpram os critérios de definição de caso suspeito e que tenham evoluído para óbito sem a realização de exames específicos devem ter seu encerramento discutido com o nível central.

Leia também:  Prefeitura de Suzano entrega Mercado Municipal, que será aberto ao público em 15 de janeiro

Caso descartado

Todo caso suspeito de dengue que possui um ou mais dos seguintes critérios:

  • Caso suspeito com diagnóstico laboratorial negativo. Deve-se confirmar se as amostras foram coletadas no período adequado;
  • Não tenha critério de vínculo clínico-epidemiológico;
  • Tenha diagnóstico laboratorial de outra entidade clínica;
  • Seja um caso sem exame laboratorial, cujas investigações clínicas e epidemiológicas são compatíveis com outras doenças.
Compartilhe essa notícia:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *