Dois homens foram presos pela Polícia Civil na quarta-feira (1), em Suzano, por suspeita de participação em um esquema de estelionato que, segundo o Procon, pode ter lesado mais de 25 consumidores no Alto Tietê com a venda de purificadores de água.
A descoberta do golpe se deu quando o Procon se disponibilizou a auxiliar uma aposentada do bairro Cidade Miguel Badra a desfazer a compra do equipamento e percebeu que os valores não condiziam com os preços praticados no mercado.
Após um trabalho de levantamento de dados e de documentos, os técnicos do Procon descobriram que os supostos estelionatários haviam realizado um empréstimo bancário no valor de R$ 11.053,00 em nome da vítima, alegando que esta era a quantia cobrada pela instalação do purificador de água e pelo brinde, que seria um colchão.
A compra do purificador de água ocorreu na última quinta-feira (23), com a primeira parcela sendo paga por meio de cartão de débito, porém a consumidora, na companhia de um familiar, se dirigiu até o Procon na terça-feira (28) relatando que acreditava ter caído em um golpe.
“Ela nos procurou e verificamos que o valor da compra era de 84 parcelas de R$ 299, muito acima do valor comercial do equipamento. Conseguimos levantar que foi realizado o empréstimo superior a R$ 11 mil e que R$ 5 mil já haviam sido repassados aos suspeitos. Quando eles agendaram para pegar o restante do dinheiro, o familiar dela avisou por meio do WhatsApp que queria cancelar a compra porque acreditava se tratar de golpe”, afirmou a diretora do Procon de Suzano, Daniela Itice.
Ao tomar conhecimento do valor cobrado para instalação do purificador, o Procon de Suzano acionou a Polícia Civil. Quando os vendedores retornaram à casa da vítima para receber a segunda parte do pagamento pela venda do aparelho, a prisão foi realizada por agentes do 2º Distrito Policial (DP) do Boa Vista.
O caso será agora investigado pela Polícia Civil para tentar descobrir outras possíveis vítimas do esquema de estelionato. O Procon, por sua vez, afirmou que vai trabalhar para tentar cancelar a venda do purificador de água junto à empresa que comercializa o produto e, também, anular o empréstimo de R$ 11.053,00 contratado de forma fraudulenta junto ao banco.
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