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Os pets são membros da família e grandes aliados, principalmente, no período de isolamento, pois garantem carinho e tornam o ambiente dentro de casa mais alegre. Com a flexibilização das normas de quarentena a rotina de passeios vem sendo retomada, mas os cuidados devem ser mantidos. Os mestres em medicina veterinária do Centro Universitário Braz Cubas, instituição que integra o grupo Cruzeiro do Sul Educacional, Henrique Guérin e Juan Neves alertam sobre o distanciamento e medidas de higiene em relação aos pets, além de tirar dúvidas sobre consultas regulares.
Embora pesquisas ainda não comprovem que os animais transmitem o novo coronavírus (Covid-19), evidências apontam que pessoas infectadas podem contaminar animais de estimação, como cães e gatos. Conforme orientações da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), Henrique Guérin recomenda que, para evitar infectá-los no ambiente doméstico, pacientes testados positivos para a Covid-19 devem ficar separados dos animais e ter alguns cuidados reforçados.
“A higiene dos pets também deve ser redobrada durante a pandemia e hábitos como aumento do número de banhos, limpeza das patinhas e focinho com água e sabão, principalmente após os passeios, estão entre as recomendações para manter um ambiente mais saudável. O álcool em gel não deve ser usado nos pets devido a possibilidade de lambedura e para evitar outros acidentes (queimadura). Brinquedos, comedouros, caminhas, cobertores, entre outros itens de uso dos animais, devem ser limpos com frequência. A recomendação vale também para o ambiente onde o mesmo vive e ambientes de uso comum entre o paciente de COVID-19 e do animal”, orienta.
Para ajudar a reduzir o estresse, passeios curtos estão liberados, desde que sem contato com outros animais e pessoas que não sejam da família, em horários frescos, com contenção (guias e coleiras) e com o menor fluxo de pessoas. As vacinas e a vermifugação devem ser mantidas em dia.
As famílias que seguem em isolamento devem ficar atentas às recomendações de carinho para deixar os pets ativos. Juan Neves orienta brincar com eles e lembra que no mercado existe uma grande variedade de brinquedos que ajudam nos exercícios dentro de casa e podem ser bons aliados. “A melhor recomendação é dar o máximo possível de carinho, principalmente nos momentos em que eles pedem. Brinquedos podem ajudar na distração e o mercado oferece, por exemplo, uma espécie de quebra-cabeças para cães, onde o petisco vai dentro do brinquedo e o animal deve pensar na melhor forma de retirá-lo. Já para os gatos existem brinquedos que são como plataformas que permitem o animal subir, descer, pular, arranhar e dormir, que facilitam essa distração dos felinos.”
Neves lembra que estes momentos de entretenimento fazem bem tanto para os animais como para os humanos, que estão em uma rotina adaptada devido as regras de isolamento. Para os pets que possuem alguma patologia ou necessitam de acompanhamento, a recomendação é que os tutores mantenham contato frequente com o médico veterinário. O acompanhamento clínico e cirúrgico deve ser procurado e realizado quando não for possível resolver a distância. Para isso, basta agendar a consulta e verificar o horário de menor movimento para ser atendido.
Os professores salientam que há uma grande quantidade de espécies de coronavírus. Contudo, quanto a Covid-19, só há registro de um cão infectado. Estudos ainda vêm sendo feitos para saber como o vírus se relaciona com os pets. “Portanto, não podemos abandonar nossos animais em nenhuma situação. Nesse isolamento social devemos nos aproximar das causas do bem-estar animal e ajudar também os animais em situação de risco”, dizem, reforçando que os pets propiciam aos humanos sentimentos como alegria, afeto, carinho e cuidado,que ajudam a superar o momento atual.