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MOGI DAS CRUZES

Flor de abobrinha produzida em Mogi das Cruzes conquista restaurantes da alta gastronomia paulistana

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A utilização de folhas e flores de plantas na culinária é uma prática comum em residências e restaurantes ao redor do mundo. Seguindo essa tendência, um ingrediente pouco explorado na gastronomia brasileira, mas amplamente cultivado no campo, tem conquistado seu espaço em restaurantes sofisticados da capital paulista: a flor de abobrinha.


Os grandes protagonistas dessa ascensão no mercado gastronômico são os chefs de cozinha. Em São Paulo, um restaurante italiano localizado no bairro dos Jardins serve a iguaria desde 2021. “O prato é composto pela flor de abobrinha, que tem um sabor adocicado, complementado com muçarela e anchova do mar Cantábrico. É uma receita romana que tem feito sucesso”, destaca Franco Maria Sala, chef e proprietário do estabelecimento.


Atento à demanda crescente, o engenheiro agrônomo e produtor rural Marlon Wesley, de Mogi das Cruzes, fornece flores de abobrinha para diversos restaurantes da capital paulista há pelo menos cinco anos. Entre seus clientes está o chef Franco, que tem a iguaria como um dos destaques de seu menu. “Somos os primeiros produtores de flores comestíveis da América Latina. Inicialmente, começamos a cultivá-las para a finalização de sobremesas, mas encontramos um mercado muito maior do que imaginávamos, conquistando até mesmo os paladares mais exigentes”, comemora o produtor.


De origem na espécie Cucurbita pepo, a flor comestível oferece diversos benefícios à saúde, pois é rica em nutrientes como proteína, fibras, ferro e cálcio. Tradicional na culinária italiana, no Brasil a flor de abobrinha é classificada como uma Planta Alimentícia Não Convencional (PANC).


Versátil, a iguaria pode ser servida recheada ou em finas lâminas, agregando um toque adocicado a pratos como pizzas, lasanhas, risotos e massas. No entanto, sua forma mais tradicional de consumo na Itália é assada e recheada com queijo.

Além de popularizar ingredientes da produção rural nos grandes centros urbanos, os chefs desempenham um papel transformador na cadeia alimentar, ao demandarem produtos diferenciados e de alta qualidade. Muitos estabelecimentos gastronômicos mantêm parcerias com produtores locais, como é o caso do chef Franco e do agricultor Marlon. Dessa forma, a gastronomia se torna um vetor de desenvolvimento econômico, promovendo uma rede de apoio que beneficia tanto os cozinheiros quanto os agricultores.

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