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MOGI DAS CRUZES

5% dos pacientes com Covid-19 no Hospital Luzia, em Mogi, também tiveram AVC



Cerca de 5% dos pacientes com diagnóstico confirmado de Covid-19 no Hospital Luzia de Pinho Melo, em Mogi das Cruzes, também apresentaram quadro de AVC (Acidente Vascular Cerebral).



A informação foi divulgada durante o webinar “Tempo É Vida”, promovido pelo Condemat (Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê) na noite da última quinta-feira (29), em parceria com o Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo (HCLPM) e a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), instituições que desenvolvem com o consórcio os projetos AVC e Infarto, visando a redução das estatísticas dessas doenças na região.



“A avaliação desses casos revela que, assim como a hipertensão arterial e o diabetes, o processo infeccioso da Covid-19 é um fator desencadeante do AVC, principalmente em pacientes que já apresentam outros fatores de risco”, ressalta o médico cardiologista Gustavo Bittencourt, coordenador dos Setores Críticos do HCLPM.



Quando a estatística recai para o âmbito estadual, o indicativo é de que até 30% dos pacientes internados com coronavírus apresentam lesão miocárdica, quando não o infarto agudo do miocárdio já instalado, com um agravante: o processo inflamatório desencadeado pela Covid-19 no coração amplia os riscos de mortalidade pelo infarto.



“O vírus da Covid gosta predominantemente dos pulmões, mas também ataca o coração. Ele pode lesar diretamente o coração ou, nas pessoas que já apresentam uma predisposição, pode desencadear a formação de coágulos e o desenvolvimento do Infarto”, explica o cardiologista Edson Stefanini, diretor do Centro de Treinamento da Socesp.

Os fatores de risco do AVC e do infarto são praticamente os mesmos – hipertensão, diabetes, colesterol alto, tabagismo, obesidade e alcoolismo, entre outros – e os especialistas alertam para a necessidade de acompanhamento dessas condições como medida de prevenção e de busca de atendimento médico imediato em caso de sintomas como boca torta, dificuldade de fala e perda de força (indicativos de AVC) e dor no peito (característica do infarto). O recado é direcionado principalmente aos homens.

“Deixar os sintomas de lado pode custar caro. Observamos que a Covid-19 ocorre mais em mulheres, mas os óbitos predominam na população masculina, com histórico de comorbidades que estão relacionadas com condições de saúde que podem ser modificadas e, assim, reduzir também os riscos de AVC e Infarto”, destaca a coordenadora da Câmara Técnica de Saúde do Condemat, Adriana Martins.

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