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Polícia Civil de Mogi cumpre 65 mandados contra roubo de caminhões e lavagem de dinheiro



Na última quinta-feira (7), a Polícia Civil de Mogi das Cruzes cumpriu 65 mandados de busca e apreensão para investigar 30 pessoas que podem estar envolvidas com uma organização criminosa voltada ao roubo de caminhões e lavagem de dinheiro. A ação ocorreu durante a operação “Ouroboros”, a qual teve participação de integrantes da Secretaria da Fazenda e Planejamento, Detran e de guardas municipais. 



A operação foi coordenada pelo Núcleo de Investigações sobre Roubo, Furto e Desvio de Carga da cidade, com apoio do Grupo de Responsabilidade Tática do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (GRT/Demacro).



De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), dois desmanches clandestinos foram fechados, uma agência que comercializava veículos de luxo fiscalizada por suspeita de lavagem de dinheiro e bloqueados bens e valores no montante total de R$ 353.665.161. Além disso, foram apreendidos diversos celulares e computadores para extração de suas informações a fim de dar prosseguimento nas investigações.



A SSP informou que em um dos aparelhos de telefonia móvel recolhido foi possível identificar um possível local de armazenamento de valores de um dos alvos da operação. Após autorização judicial, os agentes foram até o endereço e conseguiram apreender R$ 329.550 em sua posse.



Ainda por meio de uma análise superficial dos equipamentos apreendidos, foi possível constatar o vínculo de um escritório com a revenda das supostas peças roubadas para distribuição em todo o Brasil por meio de site de anúncios.

Investigações

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, as investigações que resultaram na operação tiveram início há seis meses, com o fechamento de dois desmanches clandestinos de caminhões, nos municípios de Ribeirão Pires e Suzano. Na ocasião, foram presos dois indivíduos, resgatadas vítimas e recuperados veículos.

Ao longo das apurações, os policiais verificaram que os dois locais lacrados pertenciam ao mesmo grupo criminoso, sendo possível identificar os supostos responsáveis pela prática criminosa.

O passo seguinte foi a investigação do patrimônio desses suspeitos, constatando que faziam uso de diversos “laranjas” para a movimentação de valores, em tese, adquiridos com o comércio das peças desmontadas de caminhões roubados e revenda de cargas subtraídas. Em verificação a transações de dez investigados, cerca de R$ 200 milhões em movimentações foram identificadas.

Com essas informações e outras técnicas de apuração, incluindo atuação em campo, os policiais civis conseguiram selecionar 30 alvos que apresentavam fortes indícios de integrarem a organização criminosa, além de estabelecimentos comerciais que poderiam vender peças ilícitas, e solicitaram as ordens judiciais, que foram aceitas e cumpridas na quinta (7).

Ainda segundo a SSP, as investigações prosseguem a fim de desarticular toda a organização criminosa e chegar aos verdadeiros responsáveis pelos crimes.

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