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O Governo de SP afirmou, em coletiva de imprensa realizada ontem (30), que pretende iniciar a vacinação contra o coronavírus ainda em 2020, caso os resultados de testes finais com a vacina sejam positivos. Chamado de Coronavac, o imunizante é desenvolvido em parceria entre a biofarmacêutica Sinovac Life Science e o Instituto Butantan.
De acordo com o governo estadual, a segurança da vacina já foi comprovada em uma pesquisa com mais de 50 mil voluntários na China e, além disso, já vem sendo testada no Brasil desde julho.
Atualmente, os estudos clínicos da última fase são acompanhados por 12 centros de pesquisa científica em cinco estados e no Distrito Federal. Segundo o Butantan, que coordena a pesquisa no Brasil, a expectativa é que os testes de eficácia da Coronavac sejam encerrados até 15 de outubro.
Se a Coronavac tiver sucesso na última etapa dos testes, o Butantan afirmou que pedirá a aprovação emergencial do imunizante à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O objetivo do Governo de São Paulo é iniciar uma campanha de vacinação contra o coronavírus na segunda quinzena de dezembro, com prioridade para profissionais de todas as unidades públicas e privadas de saúde de São Paulo.
“É a vacina mais promissora neste momento no mundo. Esse acordo coloca o estado de São Paulo, o Instituto Butantan e a Sinovac em posição de destaque. E muito importante, é o início do processo de transferência de tecnologia para a produção da vacina”, disse o Diretor do Instituto Butantan Dimas Covas.
Termo de compromisso
Também na coletiva da última quarta-feira (30), o governador João Doria assinou um termo de compromisso com a biofarmacêutica Sinovac Life Science para fornecimento de 46 milhões de doses da Coronavac ao estado de São Paulo até dezembro de 2020.
O acordo foi assinado no Palácio dos Bandeirantes pelo Governador Doria, o Diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, e o Vice-presidente mundial da Sinovac, Weining Meng. No valor de US$ 90 milhões, o contrato também formaliza a transferência de tecnologia para produção da vacina pelo Butantan. Segundo o governo, até dezembro, a farmacêutica vai enviar 6 milhões de doses da vacina já prontas, enquanto outras 40 milhões serão formuladas e envasadas em São Paulo.
Doria também afirmou que já há um entendimento verbal entre a direção do Butantan e a Sinovac para que outras 14 milhões de doses da vacina sejam fornecidas em fevereiro de 2021.