A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (31) a megaoperação Caixa Forte 2, para investigar tráfico de drogas e lavagem de dinheiro praticados por uma facção criminosa.
A ação mobilizou 1,1 mil policiais federais, que cumprem 623 mandados judiciais, sendo 422 mandados de prisão preventiva e 201 mandados de busca e apreensão, todo expedidos pela 2ª Vara de Tóxicos de Belo Horizonte. Também foi ordenado o bloqueio judicial de R$ 252 milhões.
Os mandados foram cumpridos em 18 unidades federativas (Acre, Alagoas, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo) e no Chile. De acordo com os dados divulgados pela assessoria da Polícia Federal, quatro dos mandados aconteceram na cidade de Ferraz de Vasconcelos, no Alto Tietê, sendo dois de busca e apreensão e dois de prisão.
Em nota, a PF informou que, na primeira fase da operação, descobriu a existência do núcleo “Setor do Progresso”, que tinha como função promover lavagem de dinheiro dos valores gerados com a atividade de tráfico de drogas.
As investigações também conduziram a polícia ao chamado “Setor da Ajuda”, criado para recompensar membros de uma facção recolhidos em presídios e que mantinham contas bancárias para onde parte do dinheiro oriundo das atividades era destinada. Em alguns casos, as quantias eram depositadas em contas de pessoas que não pertenciam ao grupo criminoso, para despistar as autoridades policiais.
A PF apurou, ainda, que 210 suspeitos desempenham as funções no alto escalão da facção criminosa, como a execução de servidores públicos. Todos cumprem penas em presídios federais. Os presos deverão responder por crimes de participação em organização criminosa, associação com o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, cujas penas podem chegar a 28 anos de prisão.
*com informações da Agência Brasil