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O Governo de SP decretou, nesta quarta-feira (19), situação de emergência em saúde pública no Estado, em razão da epidemia por dengue. A medida foi anunciada pelo secretário de Estado da Saúde, Eleuses Paiva, durante reunião do Centro de Operações de Emergências (COE) para as arboviroses, na capital paulista.
De acordo com informações divulgadas pela Secretaria Estadual de Saúde, o estado de São Paulo já registrou 124.038 mil casos de dengue e 113 óbitos em decorrência da doença somente em 2025.
Paiva anunciou, também, durante coletiva de imprensa, o aumento do financiamento para internações de pacientes com dengue. O acréscimo de 20% no teto MAC (Média e Alta Complexidade) impacta diretamente na assistência prestada pelos hospitais e unidades de saúde conveniadas ao SUS em todas as regiões do Estado.
“Mais uma vez o Estado se antecipa no enfrentamento da doença. O objetivo é garantir que cada município tenha a infraestrutura necessária para adotar as medidas certas no momento certo. Os reforços anunciados são para assegurar que os pacientes recebam a assistência necessária e que os municípios atuem adequadamente para o combate às arboviroses”, disse o secretário.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), 225 municípios paulistas já atingiram mais de 300 casos de dengue por 100 mil habitantes. O decreto facilita o acesso das cidades a recursos federais e estaduais. Cada gestão municipal, a partir da análise de seu cenário epidemiológico, poderá utilizar a medida estadual para decretar emergência em âmbito local.
Outra medida anunciada pela Pasta foi o investimento de R$ 3 milhões na aquisição de 100 novos equipamentos de nebulização portátil e mais 10 de nebulização ambiental. Ao todo, o Governo de SP disponibiliza 730 máquinas portáteis e 55 pesadas para o combate ao mosquito transmissor da dengue.
O evento aconteceu no Instituto Butantan e contou com a presença de Ésper Kallás, diretor do Instituto; Priscilla Perdicaris, secretária executiva da SES; Cecilia Mantovan, secretária executiva de Comunicação do Governo de São Paulo; Radharani Rodrigues, da Secretaria de Educação do Estado; Carlos Roberto Junqueira, da Casa Civil; e a sargento Mirella Pelege, da Defesa Civil. Além da participação online do Cosems (Conselho de Secretários Municipais da Saúde de São Paulo), da Secretaria de Desenvolvimento Social e da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística.
Vacinação
O Instituto Butantan desenvolve a primeira vacina de dose única contra a dengue do mundo, o que coloca São Paulo e o Brasil na vanguarda. Os estudos sobre o candidato a imunizante começaram em 2016 e terminaram em junho de 2024. Os resultados, publicados no The New England Journal of Medicine, indicaram que a vacina do Butantan reduziu em 79,6% o risco de adoecer em consequência do vírus da dengue. Além disso, reduziu em 89% o risco de desenvolver formas graves da doença.
“O Instituto Butantan trabalha há algumas décadas no desenvolvimento da vacina contra a dengue e está finalizando as etapas para nova submissão à avaliação. Trata-se de uma vacina de dose única, essencial para a prevenção da doença. Com o apoio do Governo do Estado, o Butantan avança na produção, mesmo diante dos desafios”, informou o diretor do Instituto Butantan, Ésper Kallás.
A vacina é tetravalente, ou seja, protege contra os quatro sorotipos da dengue, inclusive o DENV-3, que voltou a circular recentemente no estado. Além disso, é também a vacina contra a dengue que cobre a faixa etária mais ampla. Em dezembro de 2024, o Instituto Butantan entregou o último pacote de informações para Anvisa e, agora, as duas instituições estão em fase de complemento de informações para o registro e autorização de uso do imunizante pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).