O salário mínimo é um dos principais indicadores econômicos do país, servindo como referência para o rendimento de milhões de trabalhadores, aposentados e beneficiários de programas sociais.
Em 2025, o piso nacional foi fixado em R$ 1.518, conforme decreto do governo federal em vigor desde 1º de janeiro. O valor representa um aumento de cerca de 7,5% em relação ao salário mínimo de 2024, que era de R$ 1.412.
O reajuste seguiu a política de valorização que leva em conta a variação da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores. Essa regra foi retomada pelo governo federal como forma de garantir ganhos reais acima da inflação sempre que houver expansão da economia, sem comprometer o equilíbrio das contas públicas.
Além de beneficiar diretamente trabalhadores formais e domésticos, o novo valor também impacta aposentadorias, pensões e auxílios vinculados ao salário mínimo, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o seguro-desemprego. Cada reajuste representa um aumento significativo nas despesas da União, já que mais de 25 milhões de pessoas recebem benefícios com base nesse piso.
Salário mínimo 2026
De acordo com a proposta orçamentária enviada ao Congresso Nacional, o salário mínimo de 2026 deverá ser de R$ 1.631, o que representa um aumento de 7,44% em relação ao valor atual. A estimativa considera a inflação projetada para o período e um ganho real máximo de 2,5%, conforme o limite previsto na política de valorização.
A previsão ainda poderá ser revisada no fim de 2025, quando forem conhecidos os índices oficiais de inflação acumulados até novembro. Caso o INPC fique acima ou abaixo do esperado, o governo poderá enviar uma mensagem modificativa ao Congresso para ajustar o valor final.
O reajuste proposto para 2026 reflete a expectativa de estabilidade econômica, com crescimento do PIB estimado em cerca de 2,4% e inflação próxima de 3,6%. Segundo projeções oficiais, cada real de aumento no salário mínimo implica um acréscimo de aproximadamente R$ 429 milhões nas despesas previdenciárias e assistenciais.
Com o novo piso, o governo busca conciliar a valorização do poder de compra da população com a necessidade de manter as contas públicas sob controle. O salário mínimo de 2026 ainda depende da aprovação do Congresso e da confirmação dos índices econômicos, mas a previsão reforça a continuidade da política de aumentos acima da inflação, adotada desde 2023.
